terça-feira, 26 de outubro de 2010

POLICIAS DO BRASIL E DOS EUA. QUAL A DIFERENÇA





Após o caso Eloá, alem de outros discute-se a falta de preparo e equipamentos da polícia brasileira. Isso aconteceu também no caso do ônibus 174 no Rio de Janeiro, e em muitos outros casos.
Nesse falatório em que “especialistas” pipocaram em todos os meios de comunicação, lembrei de uma matéria interessante sobre as diferenças da polícia brasileira e norte-americana, publicada na revista Superinteressante que não fala de aparatos, mas sim da hierarquia, da organização.
Resumindo, a principal diferença é a burocracia, causada em grande parte pela hierarquia completamente absurda que temos. Quanto mais “degraus” mais corrupção, mais incompetência. Isso em todos os setores basta ver a política…
Mas como é a organização de lá? Nos Estados Unidos a polícia é municipal, não estadual, como aqui. No Brasil, existe a Civil e Militar, onde cada uma cumpre sua função: a Militar mantém a ordem pública reprimindo ou prevenindo o crime, e a Civil investiga depois que um crime é constatado.
Salário: um PM de São Paulo, começa com cerca de 1500 reais contra 2500 dólares em Nova York.
Hierarquias
POLÍCIA NORTE-AMERICANA
PrefeitoChefe oficial da polícia, só é consultado em casos graves.
ComissárioIndicado pelo prefeito, é o coordenador administrativo.
Delegado administrativoNomeado pelo comissário, é um “síndico” que comanda cada delegacia e seus departamentos.
Chefe de departamentoChefia um dos departamentos, como o de homicídios, crimes de trânsito, desaparecidos etc.
XerifeAtende cidades muito pequenas e, quando preciso, pede um reforço aos vizinhos maiores.
Agentes não fardados e especiaisDepois de um ou dois anos, os oficiais podem concorrer para ocupar vagas na área investigativa.
Oficial de políciaComeçam como policiais de rua, fardados e fazendo rondas.
Civis auxiliaresHá programas de treinamento para civis, que denunciam atos suspeitos em seus bairros.
UNIDADE ESPECIALSó um grupo especial é usado nos EUA: SWATSpecial Weapons and Tactics (SWAT) é o nome genérico dos grupos especiais da polícia americana. Podem atuar em atividades muito diferentes, do resgate de reféns à escolta de autoridades. São chamados nos casos de alto risco, mas os policiais não ficam parados enquanto esses eventos não acontecem. Geralmente fazem rondas como policiais comuns, e a qualquer momento o rádio chama e eles se deslocam para a ocorrência mais grave.
FBIÓrgão investiga e faz pesquisa científica
Tanto o Federal Bureau of Investigation (FBI) quanto a PF investigam crimes nacionais, como questões de fronteira e espionagem — no caso dos EUA, inclui-se aí também o terrorismo. Ao contrário da PF, o FBI conta com químicos e engenheiros em sua área de pesquisa, que cria equipamentos de perícia e detectores de documentos falsos.
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POLÍCIA BRASILEIRA
PMReprime para manter a ordem, enquanto Civil investiga crimes
GovernadorAutoriza as ações mais importantes, como a entrada em um presídio tomado pelos detentos.
Secretário da Segurança PúblicaCoordenador efetivo das polícias, já que o governador não segue a rotina policial.
MILITAR
CoronelResponde por regiões do estado. Lidera até 3 mil PMs.
Tenente-coronelChefia cerca de 500 membros, e três a cinco unidades menores.
MajorAuxilia o tenente-coronel no comando do batalhão.
CapitãoLidera cerca de 120 policiais.
TenenteÉ o “meio-de-campo” entre seu superior e a rua.
1º, 2º e 3º sargentosComandam grupos de cerca de dez soldados em rondas e patrulhas.
SoldadoFica nas ruas, reprime e previne os crimes.
CIVIL
Delegado de classe especialChefia grandes unidades, como o Departamento de Homicídios ou o de Narcóticos. Lidera até mil agentes.
Delegados de 1ª, 2ª e 3ª classesChefiam desde delegacias de bairros nobres a grupos com até 300 policiais.
Delegados de 4ª e 5ª classesChefia DPs menores ou faz plantões nas maiores.
AgentesAnalisam o local do crime e suas provas e colhem depoimentos.
OS ESPECIALISTAS
BopeNo Rio de Janeiro.
Em São Paulo existem mais unidades especiais:
CHOQUETropa da PM com batalhões para ações de alto risco, como perseguição a bandidos e contenção de rebeliões.
COEComando de Operações Especiais, seus PMs entram em matas, parques e rios e buscam corpos e desaparecidos.
GATEGrupo de Ações Táticas Especiais da PM. Negocia com seqüestradores que têm reféns e faz desarmamento de bombas.
GOEUnidade de repressão da Civil, o Grupo de Operações Especiais ajuda o Choque em ações como megarrebeliões.
GARRATambém da Civil, o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos é treinado na troca de tiros e perseguição de fugas.
PFDas operações contra corrupção à emissão de passaportes
No Brasil, a PF é como se fosse uma Polícia Civil para crimes de porte nacional, como as questões de imigração, tráfico de drogas e armas e contrabando. Também investiga fraudes e corrupção e emite passaportes, além de treinar profissionais de segurança privada. As polícias locais não são subordinadas às federais — são instâncias diferentes que, quando necessário, trabalham em conjunto.

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