domingo, 29 de agosto de 2010

ITIRAPUÃ PEQUENA CIDADE DA MOGIANA NO ESTADO DE SÃO PAULO REALIZOU NESTE DOMINGO DIA 29/07/2010 O VI ENCONTRO REGIONAL DE FOLIA DE REIS E CONGADAS



FOTO PARCIAL DA FOLIA DE REIS DE
ALTINÓPOLIS SP































































FOTO DE ALGUNS INTEGRANTES DA FOLIA DE REIS DE CAPETINGA MG




























ABAIXO CONGADEIROS DE FRANCA SP









































FOLIA DE REIS DE FRANCA SP


































CONGADEIROS DE FRANCA SP





















































FOLIA DE REIS DE ITIRAPUÃ SP























FOLIA DE REIS DE ITIRAPUÃ SP















FOTO PARCIAL DOS INTEGRANTES DA FOLIA DE REIS DE FRANCA SP



































PALHAÇO DA FOLIA DE REIS DE ITIRAPUÃ EM SUA DANÇA TRADICIONAL E TODAS FOTOS RESTANTES
DA FOLIA DE REIS DE ITIRAPUÃ













































































































































NOSSAS HOMENAGENS A TODOS OS MEMBROS E DIRIGENTES DAS FOLIAS E CONGADAS QUE HERÓICAMENTE LEVAM A FRENTE ESTA FESTA FOLCLÓRICA E NÃO MEDEM ESFORÇOS PARA LEVAR SEMPRE A VANTE ESTE FESTEJO DE SANTOS REIS E DAS CONGADAS DE SÃO BENEDITO ESPERAMOS QUE AS PESSOAS MANDATÁRIAS DE PODER VENHA DAR UM MINIMO DE CONDIÇÕES A TODOS OS QUE LUTAM PARA MANTER SUAS RAIZES CULTURAIS COM ESTE MESMO BRILHANTISMO INFELIZMENTE QUASE SEMPRE SEM O MÍNIMO NECESSÁRIO DE APOIO FINANCEIRO E DE RECONHECIMENTO ´POSTADO POR Rene







































































































































































































































































































































sábado, 28 de agosto de 2010

* UM CONTO CHINES;;;

Um conto chinês

Os anos passaram, quando ele percebeu isso já estava velho o suficiente para não poder começar de novo e muito novo ainda para ter feito algo relevante. O que fazer? Ele não sabia. Estava sem perspectivas.
Os amigos encaminhados, os pais aposentados, os irmãos o ultrapassando, a vida escorrendo por seus dedos. Desespero era uma palavra fraca para o que ele sentia. A namorada era a única a ver seu valor. Na cama, pois ela já havia avisado que não queria nada mais dele a não ser prazer. Ele pensou em virar um prostituto, um michê. Não daria certo, ele só era bom com ela, de quem gostava, e sabia faltar pouco para ser abandonado.
Não era formado, não tinha emprego, logo estaria sozinho, estava sem forças para lutar. Ele levantou a cabeça e foi à luta. Voltou de cabeça baixa e com um tremendo galo na testa.
De acordo com o ditado popular "doido é quem não sonha", ele tentou imaginar um futuro promissor para si mesmo. Lembrou que passou a vida sonhando com mulheres inatingíveis, lugares exóticos, invasões alienígenas e atos heróicos. Como nada disso aconteceu, ele reformulou o ditado: doido é quem só sonha.
Certa vez ele havia escutado um conto, originário da China, que era muito interessante. Era sobre alguém como ele, em outra época e em outro lugar. Um homem estava fugindo de um tigre, correndo. Quando estava muito cansado, ele chegou em um precipício. Pensando estar a salvo, o homem começou a descer o desfiladeiro. Era muito íngreme, e o homem conseguia se segurar apenas em uma planta trepadeira que escorria parede abaixo. Ele olhou para cima e viu que o tigre não conseguia mais seguí-lo. Porém ele olhou para baixo e viu que outro tigre ali o esperava. Passou algum tempo assim, pendurado, e notou que a planta em que ele se segurava era um belo e forte pé de morango. Ele percorreu os olhos pelo galho em que segurava para ver se encontrava um morango para comer, pois já estava com muita fome. Encontrou um, mas viu também que um ratinho estava roendo o seu galho. Seria só uma questão de tempo para ele cair e ser devorado pelo tigre que estava embaixo. Tampouco ele poderia subir de volta pois o tigre que o perseguia ainda estava a sua espera. Ele, triste, pegou o grande e vistoso morango que estava ao alcance de sua mão. Ele o cheirou e disse: que belo morango!
O conto era de um otimismo inacreditável. Ele sentiu que ainda não estava tudo perdido, pois se o homem do precipício ainda podia ver a beleza de um morango estando prestes a morrer, ele, jovem e forte, haveria de conseguir fazer algo para ajustar sua vida.
Olhou para o lado a procura de um morango e não encontrou nenhum. No máximo uma banana meio passada.
Entretanto, demonstrando ter realmente compreendido o conto chinês e sua mensagem embutida, não se deu por vencido. Venceu-se. Percebeu que jamais aceitaria deixar de lutar, mas poderia acomodar-se caso entendesse que não dependia mais dele a sua vitória. O mundo quis assim, pobre diabo. Sentou-se nas pedras a beira do caminho e chorou. Alguns até vieram acudir, mas ninguém podia mais ajudar.

UMA CRÔNICA.....

Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e a dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz.
E aceitando as negociações de paz, aceita ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e a ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber. Vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Marina Colasanti

ALGUNS PÁSSAROS DE NOSSO BRASIL..





























quinta-feira, 26 de agosto de 2010