quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Temos que ficar atentos quanto a queimadas e incendios provocados

Brasil abre temporada de combate aos incêndios florestaisChegou a temporada dos incêndios florestais. Estamos num período crítico. Entre agosto e setembro, o manejo agropecuário e a elevação das temperaturas, sobretudo no Centro-Oeste, deixam a população de sobreaviso. Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são as regiões mais atingidas. Por isto, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, lançou no final de julho, em Brasília, um alerta contra as queimadas. No Palácio Paiaguás, em Cuiabá, a ministra lançou com o governo do estado a Operação Mato Grosso Verde 2010, que vai coibir e combater às queimadas.O fogo arrasa a flora, a fauna, o solo, enfim, a vida e coloca em risco as linhas de transmissão de energiaUm mutirão de ações reuniu bombeiros do Distrito Federal e do Mato Grosso, Defesa Civil e Polícia Militar mato-grossense, MMA, ICMBio e Ibama. As ações estão sendo comandadas pelo Centro Integrado Multi Agências de Coordenação Operacional (Ciman), criado com essa finalidade. No centro, serão rastreadas denúncias de queimadas e as informações repassadas aos setores encarregadas das ações em campo. Repetindo a experiência implantada em Roraima, nos meses de fevereiro e março, a operação em Mato Grosso planeja reduzir o número de focos de incêndio.O objetivo do Programa Nacional de Redução do Uso do Fogo nas Áreas Rurais e Florestais, criado no final do ano passado para controlar as queimadas, é diminuir o impacto dos efeitos do manejo com fogo feito de forma descontrolada ou ilegal nas emissões de CO2. Hoje, as emissões por mudanças no uso da terra e florestas são responsáveis por mais de 70% das emissões no Brasil. A perda da biodiversidade e o comprometimento dos recursos hídricos são outras consequências da queima de florestas.O Ciman trabalha com a expectativa de garantir que as reduções de focos de calor captadas por satélite no estado, terceiro no ranking de acordo com dados do Inpe, se mantenham. Para isso, será mantido monitoramento em tempo real, a detecção aérea e por satélite e a resposta rápida no combate aos focos de incêndio. Izabella Teixeria explicou que as operações de combate às queimadas estão sendo articuladas pelo Ministério do Meio Ambiente que promove, ainda, a capacitação de servidores na tecnologia de gestão de desastres.

Fogo em descontrole
Técnicos da Embrapa e do Ibama explicam que o descontrole do fogo com a prática das queimadas na agricultura cria um desequilíbrio ambiental, perda de fertilidade do solo, poluição, destruição das redes de eletricidade, de cercas e muitos acidentes rodoviários e até aéreos, quando a fumaça atinge regiões próximas a aeroportos. Em toda estação seca, quando acontecem os incêndios florestais, há grandes prejuízos para o Brasil. Há uma grande preocupação das comunidades científica e ambientalista, por isto os governos federal e estaduais promovem intensa campanha de controle do uso do fogo na agricultura. Uma das metas da campanha é justamente levar aos agricultores, por intermédio da Embrapa, tecnologias alternativas para reduzir a prática da queimada no manejo da terra e garantir a produtividade.
A verdade é que o uso das queimadas pelos agricultores é antigo e tem como finalidade limpeza das áreas, queima de resíduos para eliminar pragas e doenças, renovação de pastagens, queima de dejetos de serrarias e de lixo urbano ou ainda como técnica de caça.Impacto ambientalOs cientistas explicam que o fogo afeta diretamente os processos físico-químicos e biológicos dos solos, deteriora a qualidade do ar, reduz a biodiversidade e prejudica a saúde humana. Isso sem falar na alteração da composição química da atmosfera, com o aumento do efeito estufa, e a maior penetração da radiação ultravioleta, com a destruição da camada de ozônio. E mais: ao escapar do controle, o fogo atinge tanto o patrimônio público quanto o privado, como florestas, cercas, linhas de transmissão e de telefonia e construções.
Os incêndios florestais provocam um forte desequilíbrio ambiental, além da poluição e acidentes aéreos e rodoviários
Alerta Total
Saiba mais
Onde é proibido usar fogo
- Nas florestas e demais formas de vegetação;
- Para queima pura e simples de aparas de madeira, resíduos florestais e material lenhoso;
-Também não se pode usar fogo numa faixa de 15 metros dos limites de segurança das linhas de transmissão de energia elétrica;
- 100 metros ao redor da área de domínio de subestação de energia elétrica;
- 25 metros ao redor da área de domínio de estações de telecomunicações;
- 50 metros a partir do aceiro existente nas Unidades de Conservação;
- 15 metros de cada lado das rodovias estaduais e federais e das ferrovias, medidos a partir da faixa de domínio;
- Aeroportos: em área definida pela circunferência de raio igual a onze mil metros, tendo como referência o centro geométrico da pista de pouso.
Como fazer a queima controlada
O fogo sem controle incide sobre qualquer vegetação,
podendo tanto ser provocado pelo homem quanto por uma causa natural. Veja como fazer a queima controlada
1 - Conseguir autorização dos órgãos ambientais competentes;
2 - Definir as técnicas, os equipamentos e a mão-de-obra a serem utilizados;
3 - Fazer o reconhecimento da área e avaliar o material a ser queimado;
4 - Promover o enleiramento dos resíduos de vegetação, de forma a limitar a ação do fogo;
5 - Preparar aceiros de no mínimo três metros de largura, ampliando essa faixa quando as condições climáticas, ambientais e topográficas assim o permitirem;
6 - Providenciar pessoal treinado para atuar no local da operação, com equipamentos apropriados;
7 - Comunicar formalmente aos vizinhos a intenção de realizar a queimada controlada;
8 - Prever a realização da queima em dia e horário apropriados, evitando-se os períodos de temperatura mais elevada;
9 - Providenciar o oportuno acompanhamento de toda a operação de queima, para adotar, se necessário e a tempo, medidas de contenção do fogo.
10 ? Não se esqueça: o fogo afeta diretamente os processos físico-químicos e biológicos dos solos, deteriora a qualidade do ar e reduz a biodiversidade.

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