Através de equipes do Instituto de Aeronáutica e Espaço, do Centro Técnico Aeroespacial (CTA/IAE) e do Agência Espacial Alemã (DLR), foi lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) o primeiro protótipo do veículo VSB-30, levando a bordo instrumentos destinados à realização de medidas de funcionamento do próprio veículo visando à sua qualificação para a realização de experimentos tecnológicos e científicos, sobretudo aqueles relacionados com o ambiente de microgravidade.
[editar] VSB-30 V02 - Qualificação na Europa
Primeiro foguete brasileiro qualificado pela Agência Espacial Européia, foi lançado exitosamente em 1 de dezembro de 2005, no Centro de Lançamento de Kiruma no campo de Esrange, Suécia.
Assim como o VSB-30 V01, o V02 foi desenvolvido pelo IAE de São José dos Campos em parceria com a Agência Espacial Alemã. O IAE/CTA foi responsável em fornecer e integrar os propulsores do veículo, e os alemães em fornecer a carga útil. Para tal foram enviados técnicos brasileiros (previsto no contrato) e o foguete desmontado à Suécia onde foi montado e acompanhado, até o fim da missão.
A equipe técnica foi composta de 16 especialistas, para montagem e testes finais do foguete. Tendo estes ainda que se adaptar as bem diferentes condições de trabalho. Além da estruturação diferente do campo de Esrange e temperaturas de até -30 graus, a competência destes profissionais se provou inegável.
Exatamente como programado, o VSB-30 V02 atingiu um apogeu de 263 km durante 6min37s de vôo, valendo ao Brasil a qualificação comercial do foguete. Os três experimentos alemães também tiveram êxito.
[editar] VSB-30 V03
O VSB-30 V03 foi lançado em 11 de maio de 2006 com sucesso, a partir do campo de Esrange, Suécia. Este lançamento como o V02 fazem parte do contrato firmado entre o CTA/AIE e a Agência Espacial Alemã, o qual prevê uma equipe brasileira para dar assistência à Agência Espacial Européia na integração e teste dos veículos durante os dois primeiros lançamentos realizados em solo europeu. A equipe se constitui de 13 especialistas nas áreas de: coordenação, integração e ensaios, redes elétricas, pirotecnia e garantia de qualidade.
O desempenho do vôo tido como perfeito, auferiu 5min30s de microgravidade e um apogeu de 239 km à carga útil. Os experimentos realizados na carga útil tiveram sucesso e foram recuperados com presteza por terem aterrissado na área prevista.
[editar] VSB-30 V04
A missão Cumã II com o VSB-30 V4 foi realizada em 19 de julho de 2007 na base de Alcântra, o lançamento foi efetuado com sucesso ás 12 horas e 13 minutos horário local [3].
Mais por problemas no paraquedas e nos sistemas de flutuação e localização [4] [5] fez a carga útil com os experimentos se perder no mar.
Apesar disso, resultados de algumas experiências foram enviado via telemetria e o foguete VSB-30 V4 não mudou sua trajetória durante a missão, sendo considerado pelo CTA como Sucesso parcial da missão de qualificação [6]
[editar] Características do foguete VSB-30
O VSB-30 é um foguete de sondagem, de dois estágios, não-guiado, sendo estabilizado por empenas e lançado através de trilhos. No seu primeiro estágio, há um propulsor booster, chamado S31 e o segundo com um propulsor S30, de emprego também nos VS-30, VS-30/ORION e Sonda III. Ambos propulsores são alimentado com propelente sólido composite a base de polibutadieno hidroxilado e possuem envelopes-motores feitos em aço SAE 4140.
O VSB-30 exibe também: um jogo de três empenas em cada estágio dispostas, circunferencialmente, a 120 graus; um sistema de Indução de Rolamento (SIR), no módulo dianteiro do primeiro estágio, que utiliza três micro-propulsores a propelente sólido, idênticos aos do VLS-1 e designados por PIR (Propulsor Impulsor de Rolamento). Sistema este que tem por função induzir o foguete ao rolamento, na decolagem, a fim de diminuir as áreas de dispersão de impacto dos motores e da carga útil.
O foguete recebeu pouca contribuição internacional para o projeto, donde o Brasil desenvolveu tecnologia própria, adotando soluções de engenharia distintas daquelas adotadas na Europa e nos Estados Unidos, algumas até preferíveis.
A massa da carga útil influencia no apogeu e no período de microgravidade, podendo o valor nominal de 400kg variar.
[editar] Certificação
Em 16 de outubro de 2009 a Aeronáutica e o DCTA anunciaram a certificação do VSB-30, tornando-o apto para produção em série. Até o momento, as regras de produção, comercialização e de pagamento de royalties ainda serão definidas pela FAB. O VSB-30 é o primeiro foguete brasileiro a conseguir a certificação [7]
[editar] Futuro
O futuro do VSB-30 é promissor. Haja vista que sem o inglês Skylark, a Agência Espacial Europeia poderá se voltar para o VSB-30 para substituí-lo. Os europeus precisam de dois foguetes por ano, e o VSB-30 está praticamente sozinho para suprir essa demanda. Além do mercado nacional que deverá utilizar outros dois foguetes.
Com isso o VSB-30 pode se transformar em um produto de exportação brasileiro. No caso de haver encomendas, um possível acordo entre o IAE e indústrias brasileiras que já mostraram interesse, pode concretizar essa possibilidade de industrialização do foguete.TEXTO WKIPEDIA
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