O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgou um retrato da desigualdade social no Brasil. Os dados do Ipea indicam que a distância social entre os brasileiros mais ricos e os mais pobres continua semelhante àquela que caracteriza as nações africanas mais desiguais.
É claro que não se pode menosprezar os avanços econômicos das duas últimas décadas: o crescimento da economia brasileira, o controle da inflação, o aumento da renda e do emprego formal. Entre 1995 e 2008, mais de 13 milhões de brasileiros e brasileiras superaram a condição de miséria absoluta. O que significa que a população tida como miserável se reduziu de 20,9% para 10,5% do total.
Mesmo assim, no Brasil, o coeficiente de Gini, índice que mensura a desigualdade entre as nações, sofreu uma redução insignificante no período: de 0,60 para 0,54. Sabe-se que, quanto mais o coeficiente se aproxima de 1, mais desigual é a nação. Ou seja, persiste o fosso que separa os mais ricos dos mais pobres, dos quais 20 milhões continuam na pobreza absoluta.
O Distrito Federal é a única Unidade da Federação em que houve um aumento da desigualdade entre 1995 e 2008. O coeficiente de Gini avançou de 0,58 para 0,62 no DF; embora o Produto Interno Bruto (PIB), que equivale à soma de todas as riquezas produzidas, tenha registrado um crescimento expressivo no período. Ou seja, sem promover a redução da pobreza, Brasília continua desigual. E cada vez mais desigual.
Em 2010, é preciso eleger candidatos comprometidos com o desenvolvimento sustentável da Capital Federal e com a redução da desigualdade social. Para acabar com o fosso que separa cidadãos e cidadãs de Brasília, é preciso investir na educação pública de qualidade e na geração de postos de trabalho decente. Só assim conseguiremos diminuir as distâncias entre os mais ricos e os mais pobres.
texto extraido do blog do Joe Vale
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