Michel Temer (PMDB) é citado 21 vezes em documentos apreendidos pela Polícia Federal com delator da Lava Jato
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) pode assumir o
comando do país, caso o impeachment da presidente
Dilma Rousseff (PT) seja confirmado no Senado. Aliados
dizem que ele é uma opção de mudança para o
país e fortalecimento do combate à corrupção. Contudo
, o nome peemedebista aparece na investigação da
Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção
envolvendo a Petrobras.
Ele foi citado por dois delatores. O empresário Julio
Ele foi citado por dois delatores. O empresário Julio
Camargo, que confessou ter pago propina a
integrantes do PMDB, disse que soube que Temer
era um dos beneficiados do suborno, o que é
negado pelo vice-presidente. Policiais federais
também acharam uma mensagem no celular de um
dos sócios da OAS, Léo Pinheiro, que cita um
pagamento de R$ 5 milhões ao peemedebista.
Temer alega que o valor foi repassado por meio de doação legal.
Já o senador Delcídio do Amaral diz que Temer
Já o senador Delcídio do Amaral diz que Temer
indicou o diretor da BR Distribuidora, João Augusto
Henriques, que ocupou o cargo entre 1997 e
2000 no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Henriques é apontado como responsável por
realizar negócios ilícitos com etanol. Ele está
preso sob a acusação de intermediar propina em
contratos da Petrobras.
O vice também teria indicado outros diretores
O vice também teria indicado outros diretores
envolvidos no esquema, como Jorge Zelada que ocupou
a diretoria internacional da estatal em 2008. Ele foi
condenado a 12 anos de prisão sob a acusação de
desviar US$ 31 milhões da Petrobras para o PMDB e para ele.
Planilhas na Camargo Corrêa também foram apreendidas
Planilhas na Camargo Corrêa também foram apreendidas
pela Lava Jato em 2014, citando dois pagamentos de
US$ 40 mil a Temer. O vice é citado 21 vezes
em outros documentos apreendidos em outra ação
da Polícia Federal na Camargo Corrêa. De acordo
com os dados, o vice de Dilma teria recebido
US$ 345 mil entre 1996 e 1998, quando era deputado federal.
Contudo, essa ação foi anulada pelo Superior Tribunal
Contudo, essa ação foi anulada pelo Superior Tribunal
de Justiça (STJ), que argumentou que a operação foi
iniciada apenas com base em denúncia anônima, o que
é considerado ilegal.
O vice-presidente ainda foi acusado duas vezes de
O vice-presidente ainda foi acusado duas vezes de
desvios de recursos do Porto de Santos. Essa
investigação também foi arquivada, de acordo com o
jornal "Folha de S. Paulo".
Temer negou envolvimento em qualquer esquema
Temer negou envolvimento em qualquer esquema
apurado na Lava Jato e também nas outras
operações. Ele alegou que as indicações de João
Augusto Henriques e Jorge Zelada foram do PMDB de
Minas Gerais.
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