MIANMAR E OS EUA
EUA elogiam as reformas
arrojadas em Mianmar
A determinação reformista impressiona, mas o país precisará
passar por duros testes em breve
Quando Then Sein foi selecionado por seus colegas generais para liderar
o Mianmar há pouco mais de dois anos, o país era um estado renegado e
ignorado pelo Ocidente, isolado da prosperidade asiática e estagnado
após décadas de uma administração militar brutal, corrupta e incompetente.
Nesta semana, no entanto, Thein Sein foi recebido na Casa Branca, bateu
papo com Barack Obama e recebeu elogios do presidente americano pelas
reformas arrojadas e em ritmo acelerado do país.
Mianmar passou por uma transformação extraordinária. Dominado por
generais, o país, conhecido por muitos como Burma, isolou-se completamente.
Agora a nação está se reposicionando e reatando laços com a China, o
subcontinente indiano e o sudeste asiático. Os vizinhos estão chegando
rapidamente com projetos de construção de portos e estradas para reconectar
Mianmar a seus vizinhos. E agora que quase todas as sanções foram extintas,
europeus e americanos também estão entusiasmados em aproveitar as
oportunidades oferecidas por um país com 64 milhões de habitantes que
é rico em recursos naturais e potencial de mercado. Quartos vazios nos
hotéis degradados da capital comercial, Yangon, de repente se tornaram
tão raros como dentes numa galinha.
O fato precursor disso tudo foi uma mudança profunda da política do
Mianmar efetuada por Thein Sein. No fim de 2010 Aung San Suu Kyi
foi libertada de sua prisão domiciliar. Milhares de outros prisioneiros
políticos também foram libertados. Dezenas de membros da Liga
Nacional Democrática, fundada por Suu Kyi, outrora perseguidos,
agora ocupam assentos em um parlamento que, de acordo com muitas
pessoas, seria apenas um fantoche, mas que tem se mostrado muito mais
arrojado. A imprensa, outrora reprimida, reencontrou sua voz e a política,
um assunto transformado em tabu por muito tempo, tornou-se parte de
conversas cotidianas. Finalmente os birmaneses comuns podem almejar
um futuro melhor – sendo que há grandes chances de Suu Kyi
tornar-se presidente em 2015.
FONTE OPINIÃO & NOTICIA
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