sexta-feira, 31 de maio de 2013

MIANMAR E OS EUA

EUA elogiam as reformas 

arrojadas em Mianmar

A determinação reformista impressiona, mas o país precisará 

passar por duros testes em breve


Quando Then Sein foi selecionado por seus colegas generais para liderar 
o Mianmar há pouco mais de dois anos, o país era um estado renegado e
 ignorado pelo Ocidente, isolado da prosperidade asiática e estagnado 
após décadas de uma administração militar brutal, corrupta e incompetente. 
Nesta semana, no entanto, Thein Sein foi recebido na Casa Branca, bateu 
papo com Barack Obama e recebeu elogios do presidente americano pelas
 reformas arrojadas e em ritmo acelerado do país.
Mianmar passou por uma transformação extraordinária. Dominado por 
generais, o país, conhecido por muitos como Burma, isolou-se completamente. 
Agora a nação está se reposicionando e reatando laços com a China, o
 subcontinente indiano e o sudeste asiático. Os vizinhos estão chegando 
rapidamente com projetos de construção de portos e estradas para reconectar 
Mianmar a seus vizinhos. E agora que quase todas as sanções foram extintas,
 europeus e americanos também estão entusiasmados em aproveitar as
 oportunidades oferecidas por um país com 64 milhões de habitantes que 
é rico em recursos naturais e potencial de mercado. Quartos vazios nos
 hotéis degradados da capital comercial, Yangon, de repente se tornaram 
tão raros como dentes numa galinha.
O fato precursor disso tudo foi uma mudança profunda da política do 
Mianmar efetuada por Thein Sein. No fim de 2010 Aung San Suu Kyi 
foi libertada de sua prisão domiciliar. Milhares de outros prisioneiros 
políticos também foram libertados. Dezenas de membros da Liga 
Nacional Democrática, fundada por Suu Kyi, outrora perseguidos,
 agora ocupam assentos em um parlamento que, de acordo com muitas 
pessoas, seria apenas um fantoche, mas que tem se mostrado muito mais
 arrojado. A imprensa, outrora reprimida, reencontrou sua voz e a política,
 um assunto transformado em tabu por muito tempo, tornou-se parte de
 conversas cotidianas. Finalmente os birmaneses comuns podem almejar
 um futuro melhor – sendo que há grandes chances de Suu Kyi 
tornar-se presidente em 2015.

FONTE OPINIÃO  &  NOTICIA

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