Não pega isso
não’, disse
servente de
pedreiro à irmã
antes de morrer
de Covid em
Franca, SP
Segundo a família, Erivelto Antônio Gabriel
procurou o Pronto-Socorro Municipal Álvaro
Azzuz por quatro vezes e foi liberado. Secretaria
da Saúde afirma que avaliação não mostrou
necessidade de internação.
O servente perdeu a luta contra o coronavírus
na sexta-feira (28), depois de ser atendido
quatro vezes no Pronto-Socorro Municipal
Álvaro Azzuz e não conseguir internação,
segundo a irmã Lidiane Jardim da Silva.
“Ele tinha a certeza dentro dele que ele tinha
que ficar internado, mas não teve como fazer
nada. Minha mãe esta custando dormir, porque
foi uma morte que a gente não esperava.
Ele procurou ajuda. O que dói na gente, a
sensação de revolta é isso. Ele tentou ser
ajudado, mas não conseguiu”, afirmou.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde
confirmou que o paciente foi ao Pronto Socorro
nos dias 19, 21, 23 e 25 de maio. No entanto, a
avaliação da equipe médica demonstrou que
não havia necessidade de internação, pois os
índices de saturação, frequência cardíaca,
respiratória e a temperatura estavam dentro
do normal.
‘Sensação de morte’
No mesmo dia em que falou com a irmã sobre
os sintomas do coronavírus, Erivelton também
conversou com um amigo e fez mais um desabafo.
Disse que estava com sensação de morte e, por
isso, estava retornando ao Pronto-Socorro
Municipal.
“Sabe aquela sensação de morte, cara? Tô
indo lá pro pronto-socorro de novo, cara. Você
acredita num trem desse? Não melhora, cara.
Nossa Senhora, tô mal, mano”, relatou.
De acordo com a irmã, o servente de pedreiro
chegou a ser medicado nas quatro vezes em
que foi atendido e os médicos relatavam que
os sintomas eram comuns de quem tinha
contraído a Covid.
“Eles só medicaram ele e mandaram para
casa novamente. Nenhuma das vezes quiseram
deixar ele internado lá. Todas as vezes
medicou e deixou ele ir embora. Mas sem
condições alguma de ficar em casa”, contou.
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