segunda-feira, 27 de março de 2017

A MATANÇA DE DEFENSORES DO MEIO AMBIENTE CONTINUA IMPLACÁEVEL NO PAIS DO GOLPE


Brasil é descrito como 

“faroeste do século 21”

 pelo jornal Le Monde


Publicado em 26-03-2017 M

Ecologistas são vítimas de assassinatos em série no Brasil, denuncia Le MondeReprodução
O jornal francês Le Monde
 traz em sua edição deste
 domingo (26) uma reportagem 
sobre o assassinato de
 ecologistas no Brasil. O 
jornal relata que 61 militantes 
foram mortos apenas em 2016.








A reportagem da correspondente do 
vespertino no Brasil começa contando
 a história de Waldomiro Costa Pereira,
 assassinado no hospital de
 Paraupebas, no Pará. O texto explica 
que o militante ecologista – que 
já tinha sido vítima de um ataque – era
 membro de um “um desses
 batalhões de brasileiros em guerra contra
 a voracidade dos grandes
 latifundiários, dos gigantes agrícolas e 
dos grupos de mineração”.
O texto traz dados da Ong Global Witness,
 que afirma que 207 militantes
 ecologistas e defensores dos direitos 
humanos foram assassinados no 
Brasil entre 2010 e 2015: “um recorde 
mundial”, analisa o jornal francês
, lembrando que em Honduras, que 
também vive esse tipo de problema,
 cerca de 100 assassinatos foram
 registrados no mesmo período. Porém,
 como ressalta o vespertino, o país da 
América Central tem uma
 população 25 vezes menor que a 
brasileira. Segundo Danicley Aguiar,
 militante do Greepeace citado pelo jornal
 francês, casos como a morte
 de Waldomiro representam “um crime
 bárbaro e inaceitável, mas que
 se tornou banal”.
“E o fenômeno se amplifica”, continua 
a reportagem, que fala do Brasil 
como um “Faroeste do século 21”.
 “Trinta anos após a morte do militante
 sindical Chico Mendes, a violência
 parece continuar enraizada no
 interior do país”, analisa.
A correspondente do Le Monde também 
não é a única a sofrer com esse tipo de 
violência. A reportagem lista
 casos recentes no Rio Grande do Sul ou
 ainda no Rio de Janeiro.
Para a jornalista, esses assassinatos 
revelam a cobiça pelos
 recursos naturais abundantes do Brasil. 
“Desde os anos 1990, o país,
 que enfrenta a desindustrialização, 
preferiu se concentrar em uma
 política de desenvolvimento baseada na
 exportação de
 matérias-primas, o que estimula as
 disputas pela terra e a
 resistência dos agricultores”, tenta explica
 Danicley Aguiar.
O texto também comenta o papel da
 Justiça, que além de ser lenta,
 não se aprofunda nas investigações e
 registras baixas taxas de
 condenação dos crimes cometidos.
 Baseada nos testemunhos
 de especialistas, a
os riscos
 de piora desse “panorama que já
 é apocalíptico”, principalmente por
 causa da crise econômica que sacode
 o país desde 2015 e "incitao Estado a 
defender as multinacionais". 
http://br.rfi.fr/brasil/20170326-brasil
-e-descrito-como-faroeste-do
-seculo-21-pelo-jornal-le-monde

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