domingo, 1 de setembro de 2013

A QUESTÃO DOS MÉDICOS NO BRASIL ENQUANTO UNS POUCO ESBRAVEJAM COM A VINDA DE ESTRANGEIROS DE FORMA EMERGENCIAL A ATENDEREM NOSSOS IRMÃOS QUE DE MUITO TEMPO MERECEM O MINIMO DE DIGNIDADE ESTENDEMOS NOSSOS PARABENS PRESIDENTE DILMA MESMO QUE SEJA UMA MEDIDA PALIATIVA MAS SABEMOS DOS ESFORÇOS QUE VSAS SENHORIAS TEM ENCAMINHADO E CRIANDO CONDIÇÕES PARA QUE NOVOS JOVENS TENHA MEIOS DE PODEREM SUPRIR A FALTA DE PROFISSIONAIS MESMO EM ÁREAS REMOTAS DE NOSSO PAIS E TAMBEM FICA AQUI NOSSOS ESCLARECIMENTOS A QUEM QUER QUE SEJA NÃO TEMOS COR PARTIDÁRIA APENAS SEPARAMOS ALHOS DE BUGALHOS E NÃO COMPACTUAMOS COM PILANTRAS SEJAM QUE DE LADO FOR E DE QUE PULEIRO FOR


01/09/2013 - 01h16OS 

Em cidades do Nordeste, 

enfermeiro faz papel de médico


DANIEL CARVALHO

ENVIADO ESPECIAL AO INTERIOR DE ALAGOAS E PERNAMBUCO



As paredes externas da única policlínica de Maravilha, cidadezinha 
do sertão alagoano, são cobertas por cartazes com orientações
 para seus dez mil habitantes.
Seria louvável não fosse o teor das mensagens: quem precisar de
 cirurgia ou consulta deve ir a outra cidade.
Não há médicos suficientes no município, que, apesar do nome, 
ocupa um dos últimos lugares no ranking nacional de IDH (Índice 
de Desenvolvimento Humano).
"A gente não consegue médicos", diz o assessor da Secretaria de
 Saúde do município, Everton Costa.
Os três clínicos atendem nos postos do Programa Saúde da Família,
 mas só três vezes por semana.
Costa diz que os R$ 42 mil que o governo federal envia por mês vão
 para as contas dos médicos, que recebem R$ 10 mil, além de ajuda
 com alimentação e hospedagem.
"Estão aqui desde maio e já estão querendo sair. Passamos dois
 meses sem médicos. Ninguém tem interesse em vir", afirma o assessor.
A cidade que não atrai médicos brasileiros está na lista das 701 que
 podem receber médicos cubanos.
Ouro Branco, também em Alagoas, se inscreveu no programa federal
 Mais Médicos. Mas, como ninguém se candidatou a ir para lá, sobrou
 para os médicos de Cuba.
A Casa Maternal Nossa Senhora do Bom Parto só ajuda bebês a virem 
ao mundo em último caso. Se a mãe aguentar, vai para Santana do
 Ipanema, a 30 quilômetros de lá.
Quando a reportagem esteve na unidade, só havia uma enfermeira. 
Os leitos estavam todos vazios.
Dois médicos se revezam nas noites de quinta e sexta e no fim de
 semana num consultório sem mesa.
Ao cruzar a divisa e chegar a Pernambuco, a situação não melhora
 muito. A agricultora Sebastiana Pereira, 19, levou a filha Sofia, 1,
 com febre, ao Hospital João Paulo 2º, em Manari, no sertão.
PERNAMBUCO
Como não havia mais ficha para que a garota fosse atendida por um
 médico, quem cuidou da menina foi um enfermeiro. "É horrível, né?"
A direção da unidade disse que há médicos todos os dias, exceto às
 sextas-feiras.
Na vizinha Itaíba, a Secretaria de Saúde afirmou que deve receber do
 governo federal uma UTI móvel. Mas o município ainda não conseguiu
 equipe para operá-la.
Para a agricultora Maria Josefina Messias, 59, o jeito é apelar para 
a religião. "Aqui no Nordeste, o cara tem que se curar pela fé, porque 
se for esperar médico..."

 FONTE FOLHA DE SÃO PAULO

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