Two years of civil war in Syria
According to the UN, the conflict has left
more than 70
thousand people dead and a million
refugees
Despite the macabre balance of more than 70 000 dead and 1 million
refugees , the drama of civil war in Syria - supplementing
March 15 his second birthday - still unfolds under
the almost complete silence of the Security Council of the UN.
And what's worse : in these two years , the division within the council
only grew and the chances of seeing him act on Tragedy
never been so remote .
This inability of the highest body of the UN reached a degree
end in February this year after a heart attack
Damascus leaving nearly 60 people dead , mostly civilians
. Major powers even managed to get in
agreement on a presidential statement of advice -
the mildest kind of decision without legal binding - condemning
tragedy and mourning the deaths .
Russian and Chinese wanted a text that prompted for
increasing use of terror by the rebels . Americans ,
European and Arab bloc , on the other hand, demanded a paragraph
saying that the main responsible for the violence was the
regime of Bashar Assad . Won the deadlock and silenced the UN
before the massacre.
" What we're seeing is the Security Council fleeing
all its responsibilities before the worst crisis
Humanitarian we have in the world today , "said
the state director of Human Rights Watch Peggy Hicks ,
accompanying the sidelines of the United Nations . " It takes
make it clear : we are writing a chapter nefarious history. "
On the ground, over these 24 months , fighting between the regime
and the opposition have profoundly changed in profile. researchers
UN and international NGOs report that Damascus has a
use in recent months missiles high lethality - including
Scuds , who gained fame in the Iraq of Saddam Hussein ,
and bombs and incendiary . Such weapons
is "blind " : not differentiate civilian and military targets .
Within the anti - Assad jihadists linked to al - Qaeda
expanded their military and political weight , and bombings
in urban areas , something that Syria was unaware until 2011
Are increasingly frequent . The latest report from the Council
Human Rights UN supervised by Brazilian
Paulo Sérgio Pinheiro , concludes that there is a growing presence in
ranks of Islamist rebels from the North
Africa and even the West . Analysts are confident that
these groups are armed and funded by the countries of the Arabian Peninsula .
At the same time , members of the Iranian and Lebanese group Hezbollah
are on the front lines alongside the forces of the Syrian regime .
In areas held by the rebels , as parts of Aleppo and other
cities in the north , Assad is using its aviation against
residential neighborhoods , the report accuses organized by Pinheiro .
paths
The director of Human Rights Watch states that even split ,
the Security Council has the power to extend measures to
" ease the pain " of the civilian population . The first is to press
Assad to give unrestricted access to aid workers . the large
powers should further strengthen support to Syrian refugees
in neighboring countries - a number that has reached the home of a million .
Another possibility would be the council refer the Syrian dossier
the International Criminal Court ( ICC ) , as he had done in 2005
against Sudan , before the massacre in Darfur , and in February
2011 against Libya . The commission UN investigators
is working on a secret list of leaders of the regime and
opposition who have committed war crimes or crimes against
humanity. The idea is to turn one day compared to base
a criminal case . This alternative , and highly
unlikely because of Russian opposition , is surrounded by
contradictions . The five permanent members of the council ,
three - the U.S., Russia and China - do not recognize the jurisdiction of the ICC .
Pinheiro also defends the imposition of an arms embargo
the warring sides in Syria . " You find that there is an illusion
military solution to the conflict . For some unsuspecting
victory is around the corner. And the dreams of a
outside intervention - that will not happen - have
contributed to this illusion . "
Dois anos da guerra civil na Síria
De acordo com a ONU, o conflito já deixou mais de 70 mil pessoas
mortas e um milhão de refugiados
Apesar do saldo macabro de mais de 70 mil mortos e 1 milhão
de refugiados, o drama da guerra civil na Síria - que completa
dia 15 de março seu segundo aniversário- ainda se desenrola sob
o silêncio quase absoluto do Conselho de Segurança da ONU.
E o que é pior: nestes dois anos, a divisão dentro do conselho
apenas cresceu e as chances de vê-lo agir diante da tragédi
a nunca foram tão remotas.
Essa incapacidade do órgão máximo da ONU chegou a um grau
extremo em fevereiro deste ano, depois de um atentado no coração
de Damasco deixar quase 60 mortos, em sua maioria civis
. As grandes potências nem sequer conseguiram entrar em
acordo sobre uma declaração presidencial do conselho -
o tipo mais brando de decisão, sem vinculação legal - condenando
a tragédia e lamentando as mortes.
Russos e chineses queriam um texto que alertasse para o
crescente uso do terror por parte dos rebeldes. Americanos,
europeus e o bloco árabe, do outro lado, exigiam um parágrafo
dizendo que o principal responsável pela violência era o
regime de Bashar Assad. Venceu o impasse e a ONU silenciou
diante do massacre.
"O que estamos vendo é o Conselho de Segurança fugindo de
todas as suas responsabilidades diante da pior crise
humanitária que temos no mundo atualmente", afirmou
ao Estado a diretora da Human Rights Watch Peggy Hicks,
que acompanha os bastidores das Nações Unidas. "É preciso
deixar claro: estamos escrevendo um capítulo nefasto da História."
No terreno, ao longo destes 24 meses, os combates entre o regime
e a oposição mudaram profundamente de perfil. Investigadores
da ONU e ONGs internacionais relatam que Damasco passou a
utilizar nos últimos meses mísseis de alta letalidade - incluindo
os Scuds, que ganharam fama no Iraque de Saddam Hussein,
e bombas de fragmentação e incendiárias. Esse tipo de armamento
é "cego": não diferencia alvos civis e militares.
Dentro do campo anti-Assad, jihadistas ligados à Al-Qaeda
ampliaram seu peso militar e político, e os atentados a bomba
em regiões urbanas, algo que a Síria desconhecia até 2011
, estão cada vez mais frequentes. O último relatório do Conselho
de Direitos Humanos da ONU, supervisionado pelo brasileiro
Paulo Sérgio Pinheiro, conclui que é crescente a presença nas
fileiras rebeldes de fundamentalistas islâmicos vindos do Norte
da África e mesmo do Ocidente. Analistas estão certos de que
esses grupos são armados e financiados por países da Península Arábica.
Ao mesmo tempo, iranianos e integrantes do grupo libanês Hezbollah
estão nas frentes de combate ao lado das forças do regime sírio.
Em regiões tomadas pelos rebeldes, como partes de Alepo e outras
cidades no norte do país, Assad está usando sua aviação contra
bairros residenciais, acusa o relatório organizado por Pinheiro.
Caminhos
A diretora da Human Rights Watch afirma que, mesmo dividido,
o Conselho de Segurança tem o poder de ampliar medidas para
"aliviar a dor" da população civil. A primeira seria pressionar
Assad a dar acesso irrestrito a agentes humanitários. As grandes
potências deveriam ainda reforçar o apoio a refugiados sírios
em países vizinhos - número que já atingiu a casa do um milhão.
Outra possibilidade seria o conselho encaminhar o dossiê sírio
ao Tribunal Penal Internacional (TPI), como fizera em 2005
contra o Sudão, diante do massacre em Darfur, e em fevereiro
de 2011, contra a Líbia. A comissão de investigadores da ONU
está elaborando uma lista secreta de líderes, do regime e da
oposição, que teriam cometido crimes de guerra ou contra a
humanidade. A ideia é que a relação um dia vire a base de
um processo criminal. Essa alternativa, além de altamente
improvável em razão da oposição russa, é cercada de
contradições. Dos cinco membros permanentes do conselho,
três - EUA, Rússia e China - não reconhecem a jurisdição do TPI.
Pinheiro defende ainda a imposição de um embargo de armas
aos lados em guerra na Síria. "É ilusão achar que há uma
solução militar para o conflito. Para alguns desavisados,
a vitória está ali na esquina. E os sonhos de uma
intervenção externa - que não vai ocorrer - têm
contribuído para essa ilusão."