quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Doações

Eleitos em capitais ‘esconderam’

 R$ 34,4 milhões

Contribuições de empresas e de pessoas

 físicas apareceram como doações dos

diretórios municipais, estaduais ou

nacionais dos partidos



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Das nove capitais que não tiveram 2º turno nas eleições municipais de outubro, oito
 candidaturas vitoriosas “esconderam” R$ 34,4 milhões das doações que receberam
de empresas e de pessoas físicas no balanço de contas apresentadas ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
No documento apresentado ao TSE, o valor aparece como doação dos diretórios
 municipais, estaduais ou nacionais dos partidos — o que é permitido pela lei eleitoral.
 Os R$ 34,4 milhões representam 62,6% do valor total arrecadado pelos candidatos
 vitoriosos nas capitais no 1º turno das eleições.
O candidato eleito em Goiânia, o petista Paulo Garcia, foi o único das nove capitais
 que elegeram seus prefeitos no 1º turno que não apresentou a prestação de contas
 ao TSE dentro do prazo.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a doação da direção nacional do PMDB informada
 chegou a R$ 15,2 milhões, sendo que o partido do prefeito reeleito Eduardo
Paes declarou uma arrecadação total de R$ 20,9 milhões nas eleições deste ano.

‘Afronta à democracia’


Outro caso curioso é o de Boa Vista, no Acre. A candidata eleita, Teresa Jucá
(PMDB), recebeu toda a verba declarada para a campanha, que totalizou
 R$ 1,9 milhão, do diretório estadual do partido.
De acordo com o juiz Márlon Reis, um dos criadores da Lei da Ficha Limpa,
 as doações ocultas são uma “afronta à democracia”. Em entrevista ao Uol,
o juiz diz que “o cidadão, como soberano, tem o direito de saber quem sustenta
 as campanhas eleitorais com verbas milionárias. Só assim se tem uma ideia dos
 interesses que estão por trás das candidaturas”.

fonte OPINIÃO&NOTICIA

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