quinta-feira, 13 de setembro de 2012


TENDÊNCIAS E DEBATES

Políticos em campanha

 são todos Pêra do mesmo

 saco?

Apelação por apelação, o que dizer das tentativas dos políticos de bom

 nome e boa imagem de parecerem ‘gente como a gente’?

por Hugo Souza

De todos os quase meio milhão de candidatos que disputarão as eleições
 municipais de 2012 no próximo mês de outubro, entre pleiteantes aos
cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador, por certo aquele que mais 
se destacou nesta semana que ora finda foi a candidata do PT à câmara 
paulistana Suelem Aline Mendes da Silva, vulgo Mulher Pêra.
Para ganhar o noticiário e causar tanto rebuliço, a Mulher Pêra não 
apresentou qualquer proposta de impacto para o município de São Paulo,
 mas sim criou uma forma inusitada de chamar a atenção do eleitor: Suelem 
postou no Twitter uma foto com o seu número de candidata escrito nas 
próprias nádegas, prorrogativo que afinal “justifica” sua candidatura.
Mas, pensando friamente, a candidatura da Mulher Pêra e sua tática um 
tanto heterodoxa para conquistar votos — alguns estão chamando de 
“estratégia diferenciada” — talvez sejam apenas o extremo de um 
vale-tudo eleitoral praticado também — e sobretudo — 
pelos chamados “políticos sérios”, “profissionais”. Talvez seja apenas
a lógica que rege as campanhas eleitorais de toda estirpe levada ao extremo do esdrúxulo.

Da Pêra ao frango com couve


Apelação por apelação, no dia seguinte ao da postagem da famigerada 
foto da candidata Mulher Pêra no Twitter, o candidato à reeleição
 para a prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, teve o seu momento
 “gente como a gente”, como ironizou o portal Terra, quando, pedindo
votos na Ilha do Governador, zona norte do Rio, entrou na fila do
 bandejão do Estaleiro Ilha S.A., junto com a peãozada, para “bater”
 um eleitoreiro prato de arroz, feijão, frango e couve, em um típico
 ato demagógico de campanha — ato que tem inúmeras repetições 
similares protagonizadas por tantos outros políticos de bom nome 
e boa imagem, eleições após eleições.
Curiosamente, a parte do eleitorado que não dá risada ante a 
“estratégia diferenciada” adotada pela Mulher Pêra, a parte que se
 escandaliza com a mistura de nádegas com eleições, parece pouco
 se importar com a “estratégia institucionalizada” do corpo a corpo —
 com trocadilho — do “político sério” com o “povão”, levando-lhe 
infinitas promessas de bem-estar, inclusão, participação e ilusões
 que tais; das visitas apenas de dois em dois anos aos locais de
 moradia, trabalho e lazer das classes populares; dos beijos em
 criancinhas; dos abraços em velhinhas; das tentativas constrangedoras 
e natimortas (esdrúxulas?) de parecerem, afinal, “gente como a gente”.

Atentados e atentados ao pudor


A capacidade de o eleitorado se escandalizar parece reservada aos 
candidatos temáticos, por assim dizer, poupando os “candidatos 
normais” e seus velhos — por vezes ultrajantes, porém sempre 
vestidos — estratagemas de marketing de campanha.
Afinal, quando versa sobre o ridículo e o atentado contra o pudor, a 
próprio lei eleitoral tem como alvo só mesmo as alcunhas, vulgos
 e pseudônimos extravagantes, como prevê o seu artigo 12:
“O candidato às eleições proporcionais indicará no pedido de registro,
 além de seu nome completo, as variações nominais com que deseja ser 
registrado, até o máximo de três opções, que poderão ser o prenome,
 sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é 
mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade,
 não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente, mencionando 
em que ordem de preferência deseja registrar-se”.
No Recife, o juiz da 151ª Zona Eleitoral da cidade, João Maurício Guedes
 Alcoforado, intimou os candidatos que se registraram com nomes de disputa 
inusitados, para dizer o mínimo, a prestarem esclarecimentos. Entre os
 intimados estão Roberto do Bloco Bimba Mole, Furúnculo Maligno e — 
ele, o próprio — Papai Noel.
Caro leitor,
Há muito diferença “moral”, por assim dizer, entre a tática
 eleitoral heterodoxa da Mulher Pêra e a demagogia eleitoreira 
de sempre repetida pelos políticos “profissionais” eleições após eleições?

Em eleições, toda excentricidade será condenada, mas toda
 demagogia será perdoada?
fonte OPINIÃO&NOTICIA
GLADIADORES COMENTA.....

Afinal, o que pode e o que não pode ser considerado “de baixo 
nível” em uma campanha eleitoral?
Uma nova modalidade também se repete as constantes simulações
de brigas entre corregilionários onde a Justiça Eleitoral deve usar
do rigor da lei  para como os pseudos santinhos de duas asinhas.....!!!
Más ai vem a discussão legitima do poder da reeleição com o uso da 
maquina até onde isto é justo em uma disputa /???
Apenas lamentamos a distancia do eleitor e das eleições
e a real participação no acompanhamento de perto
tanto na camara como no executivo pois de nada vale
só votar e não fiscalizar os supostos representantes.....!!!
que na maioria das vezes estão apenas interessados em seus
própios interesses e ai uma pergunta voce sabe para que 
serve o vereador e o prefeito voce ja assistiu há alguma
reunião da camara de vereadores da sua cidade???
voce concorda que o preço da democracia é a
ETERNA VIGILÂNCIA????
TEMOS TEMPO PARA O FUTEBOL 
TEMPO PARA FESTAS
TEMPO PARA FALAR ABOBRINHAS
MAS PARA O NOSSO PROPIO INTERESSE
NÃO TEMOS TEMPO E NÃO NOS INTERESSAMOS
MAS ENQUANTO ISTO OS RATOS FAZEM A FESTA
NO PAIS DA MARAVILHA  BRASIL....

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