Síria: Violência aumenta intensamente em Alepo,
diz ONU
A ONU decidiu ampliar a ajuda humanitária
aos moradores da cidade de Alepo, na Síria,
depois de constatar o aumento da
violência nas últimas 72 horas, estimando-se
que cerca de 113 mil pessoas precisem
Entertanto, os observadores da ONU voltaram a relatar a troca de tiros,
bombardeamentos e explosões, além do uso de helicópteros
em ataques aéreos contra a cidade.
A porta-voz da Missão de Supervisão da ONU na Síria, Sausan Ghosheh,
disse que os observadores relataram ainda a existência de tanques e
homens com metralhadoras nas ruas de Alepo, considerada a capital
económica da Síria. «A ONU lembrou a ambas as partes (oposição e
governo) as suas obrigações com base na lei humanitária
internacional para proteger os civis», disse.
Ghosheh apelou para que os envolvidos nos conflitos na Síria exerçam
a «moderação e mudança de mentalidade». O secretário-geral da ONU,
Ban Ki-moon, disse estar preocupado com o impacto dos bombardeamentos
e o uso de armas pesadas contra civis em vários locais em todo o país.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) pretende atender a cerca de 28 mil
pessoas apenas em Alepo, depois de relatos de escassez de gás,
comida e electricidade. Só em julho, o programa disse ter ajudado 541.575
pessoas na Síria, mas a meta é atender 850 mil.
O Crescente Vermelho Árabe Sírio indicou ter distribuído alimentos a
cerca de 40 mil pessoas. O Comité Internacional da Cruz Vermelha e o
Crescente Vermelho Árabe Sírio estimam que cerca de 200 mil pessoas
tenham fugido das cidades na região de Alepo só no último fim de semana.
A onda de violência na Síria completa 17 meses de intensos confrontos
entre membros da oposição e aliados do governo do presidente sírio,
Bashar Al Assad. Os oposicionistas defendem a renúncia de Assad
, o fim da limitação das liberdades e das violações dos direitos humanos
. Organizações não governamentais contabilizam em 19 mil o número
de mortos naquele período.
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