ESTADOS UNIDOS
Tecnologia militar em xeque
Almirante norte-americano questiona a tecnologia stealth e propõe novas diretrizes
Oficiais de patentes elevadas tendem a se esquivar ao máximo de controvérsias
públicas. Mas o almirante Jonathan Greenet, chefe das operações navais
americanas, fez uma investida na última edição de um periódico especializado
em tecnologia militar. Seu artigo parece questionar o valor da tecnologia stealth
por trás do maior projeto armamentista da história, o enorme e caro
programa de desenvolvimento dos aviões de combate F-35.
Isto é bastante controverso: o F-35 é o orgulho do Pentágono e uma vitrine
da liderança tecnológica e da supremacia militar dos Estados Unidos. Mas
o argumento do almirante, exposto no periódico Proceedings, publicado
pelo Instituto Naval dos EUA, também tem um tema mais amplo. As
aquisições de equipamentos militares têm um foco excessivo em produzir
novos navios e aviões cada vez mais caros, com projetos complexos e com
equipamentos embutidos para lidar com ameaças específicas. Em vez das
aquisições serem centradas nas plataformas, o país deveria se concentrar
em plataformas altamente adaptáveis, com a capacidade de transportar
armas e sensores que possam ser adicionados ou removidos dependendo
da missão ou do progresso tecnológico.
Dado o custo para produzir novas plataformas e a necessidade de
mantê-las em atividade por um período que pode ser superior a 50
anos, o almirante Greenert defende que estas sejam projetadas mais como
“caminhões”: dotadas de muito espaço e capacidade energética para
acomodar diferentes cargas. Algumas das plataformas mais antigas do
Pentágono se revelaram caminhões muito melhores do que suas sucessoras.
Graças a seu enorme porte, capacidade de estocagem de energia e número
reduzido de sistemas integrais, o USS Enterprise, de 50 anos de idade, se
revelou mais adaptável do que projetos mais novos ao ser comparado a
porta-aviões mais modernos. Diferentemente destes, o Enterprise tem
espaço, área de armazenamento e capacidade de geração de energia para
transportar novos tipos de aviões e novos sistemas.
O almirante Greenert iniciou uma tempestade ainda maior ao afirmar que
as vantagens da estimada tecnologia stealth serão “difíceis de serem
mantidas”. Ele argumenta que os sensores do lado inimigo podem operar
em frequências magnéticas mais baixas do que a tecnologia stealth é
projetada para enganar, e podem usar um poder de processamento que
cresce exponencialmente para revelar a localização de uma plataforma
deste tipo. Em outras palavras, na luta contínua entre aqueles que se
escondem e aqueles que tentam encontrá-los, os Estados Unidos vão
se esforçar cada vez mais para manter a vantagem que tiveram nas
últimas duas décadas.
fonte OPINIÃO &NOTICIA
fonte OPINIÃO &NOTICIA
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