quarta-feira, 27 de junho de 2012

Procuradores acionam a Polícia Federal e viajam à Goiânia para apoiar colega ameaçada pelo grupo de Cachoeira

Carlinhos Cachoeira


Sob o comando do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, o Conselho 
Nacional do Ministério Público decidiu nesta terça-feira (26) montar um grupo 
que viajará à Goiânia para dar apoio à procuradora Léa Batista, ameaçada por
 sua participação nas investigações que prenderam o bicheiro Carlinhos
 Cachoeira. Além da viagem, o conselho pediu que a Polícia Federal 
protegesse a procuradora.
Lea recebeu a ameaça por e-mail no último sábado (23). No texto cheio de
 palavrões, o autor afirmou que a procuradora deveria ter cuidado e que ela
 e a família corriam perigo.
Esta já é a segunda ameaça que a procuradora recebeu este mês. No dia 
13 de junho, uma mensagem assinada por um “Injustiçado” dizia que ela 
estava sendo muito dura no caso e que parentes de Cachoeira continuavam
 ganhando dinheiro com a exploração ilegal de jogos.
A ideia de acionar a PF e viajar para dar apoio à colega apareceu durante
 reunião de hoje. Gurgel, que também preside o Conselho, disse que já
 estava acompanhando o caso “quando a segunda ameaça foi enviada
 por e-mail à procuradora”.
— Já solicitamos apoio à Polícia Federal e estamos em contato permanente
 com os membros envolvidos. A ameaça à procuradora é uma ameaça a
 todo o Ministério Público.
JustiçaEssas não foram as únicas ameaças supostametne feitas pelo grupo
 do Cachoeira. Ele também teria ameaçado o juiz federal Paulo Augusto
 Moreira Lima, que comandava o processo contra o bicheiro, e que
 o levaram a abandonar o caso.  O presidente do Supremo Tribunal
 Federal, Carlos Ayres Britto, afirmou que as ameças eram de "gravidade 
incomum" e "qualificada". 

— Não se pode ameaçar do ponto de vista físico, moral ou psicológico
 nenhum julgador e sua família, afirmou. 

A corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon, disse que vai ouvir 
o juiz Moreira Lima e perguntará ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região
 se foram adotadas providências para proteger o magistrado ou se o tribunal
 simplesmente aceitou seu afastamento do caso.

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