sábado, 23 de junho de 2012


Ministério anuncia criação da Sudeco para o Cerrado

Objetivo de uma nova Superintendência de Desenvolvimento
do Centro-Oeste é promover a transição do atual modelo de
 desenvolvimento para outro voltado para o uso intensivo 
da terra dentro dos preceitos de sustentabilidade.
14/07/2011
Esse tal de meio ambiente (site)
Mapa: http://essetalmeioambiente.com/wp-content/uploads/2010/08/mapa-do-cerrado.jpg
Mapa do Cerrado










Com o objetivo de planejar e organizar o desenvolvimento da região
 onde boa parte do cerrado se encontra, o governo federal resolveu
 recriar a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco),
 o que deverá ocorrer oficialmente nesta quinta-feira, dia 14 de julho.

Essa foi uma das inciativas do Ministério da Integração Nacional para
 o bioma, divulgadas pelo ministro Fernando Bezerra na sua conferência
 O cerrado e a integração nacional, proferida nesta terça-feira, na 63ª Reunião
 Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que
 está sendo realizada em Goiânia até sexta-feira (15).



De acordo com Bezerra, a Sudeco é um instrumento central da estratégia
do seu ministério para o planejamento e organização do desenvolvimento
 do Centro-Oeste. "As metas são superar gargalos de infraestrutura, atuar 
no sentido de atenuar as diferenças socioeconômicas existentes, alavancar
 investimentos em inovação tecnológica e em conhecimento, para que se
alcance a sustentabilidade e minimize o uso de áreas ainda preservadas", disse.



Antes, no início de sua palestra, o ministro havia elogiado a escolha do tema 
central da Reunião Anual da SBPC - Cerrado: água, alimento e energia, pois,
 de acordo com ele, são esses os desafios centrais com que a humanidade
 terá de lidar em futuro próximo. "E nesse dilema entre crescimento econômico
 e sustentabilidade socioambiental, o cerrado - em suas expressões geográfica,
 geopolítica, econômica, social, ambiental e cultural - terá papel crucial", declarou.



Segundo Bezerra, o grande desafio nesse sentido é promover a transição do
atual modelo de desenvolvimento para outro voltado para o uso intensivo da 
terra, dentro dos preceitos de sustentabilidade, tendo como base a cobertura
permanente do solo, a manutenção e a melhoria dos teores de matéria orgânica
 áreas agricultáveis e a diversificação das atividades econômicas na propriedade
 e o respeito às especificidades locais e regionais. "Para tanto, faremos a
 inserção do Ministério na discussão e implementação de políticas que visem a
 mudança no padrão de exploração dos recursos naturais e a redução do
 desmatamento", declarou.



Para isso, Bezerra garantiu que está aberto ao diálogo com as diferentes áreas
de Governo - Ciência e Tecnologia, Transportes, Minas e Energia, Meio Ambiente -
 com os Estados e com as organizações da sociedade civil, no sentido do 
desenvolvimento e utilização de tecnologias intensivas, no setor agropecuário
, que mitiguem os impactos negativos dessas atividades no cerrado. "Integração
logística, sim, mas com conservação dos recursos naturais do bioma", disse.



Bezerra aproveitou a sua presença na reunião da SBPC para destacar a importância
das contribuições da academia para formulação das políticas públicas. "As sociedades
 mais desenvolvidas do mundo são exemplos bem sucedidos de forte integração entre 
a ciência, tecnologia e inovação com o Estado", disse. "Na nossa gestão à frente do
 Ministério procuraremos sempre prestigiar e buscar o que há de melhor do 
conhecimento científico para fazer frente aos grandes desafios que enfrentamos
 e os que estão por vir."




Para o ministro, o Brasil precisa estimular a geração de massa crítica e formuladora
. "Por isso, devemos celebrar até o mês de outubro um acordo de cooperação técnica
 com a Fundação CAPES com o objetivo de concessão de bolsas de pós-graduação 
stricto sensu" nas principais áreas de atuação do Ministério", anunciou. "Entre elas, 
a prevenção e gestão de riscos e desastres, gestão e manejo de recursos hídricos, 
irrigação e desenvolvimento regional."

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