Abstenção foi um dos vencedores
da eleição presidencial brasileira
pleitos.REUTERS/Pilar Olivares
Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito neste domingo (28) para a
presidência do Brasil ao derrotar Fernando Haddad (PT).
Ele reuniu 55% dos votos contra 44% para o petista.
No entanto, o índice de abstenção, de mais de 20%,
aponta para uma rejeição do eleitorado diante de
uma campanha de segundo turno bastante polarizada.
em R$ 150 bilhões. Mas o novo chefe de Estado também terá
ue enfrentar pela frente um desafio de imagem. Afinal, mesmo se o
presidente foi eleito, ele conta com um índice de rejeição bastante elevado.
Sem esquecer que esse pleito foi marcado pela alta abstenção, o que
é também um termômetro de popularidade para um candidato. Cerca
de 31 milhões de eleitores não votaram nesse segundo turno, o que
representa um índice de abstenção de mais de 21%, o maior
registrado no Brasil nos últimos 20 anos.
Somados aos 7% de votos nulos e os mais de 2% de votos brancos,
eles reúnem mais de 30% de eleitores
que preferiram não escolher
entre os dois candidatos.
Especialistas apontam que esse índice
Especialistas apontam que esse índice
de abstenção e de votos nulos
é um resultado da polarização que
marcou a campanha.
Dessa forma, mesmo se Bolsonaro em
um de seus discursos logo
após o anúncio da vitória declarou que
pretende governar para todos
os brasileiros, não se pode esquecer que
quase um terço dos
eleitores não se sentiam representados
nessa eleição e
preferiram, por algum motivo,
simplesmente não votar.
Transição já começou
Mesmo se a posse do novo chefe de
Estado só acontece no dia 1°
de janeiro, o processo de transição já
está sendo organizado em
Brasília. No domingo (28), quando votou
em São Paulo, o atual
presidente Michel Temer disse que do
lado do governo tudo estava
pronto e a transição já começaria a partir
desta semana.
Esse processo consiste na composição de
Esse processo consiste na composição de
uma equipe, nomeada
pelo presidente eleito, que começa a
trabalhar com o governo que
deixa o poder.
Jair Bolsonaro pode nomear até 50 pessoas,
que se instalam em
Brasília para preparar sua chegada Os
Integrantes da equipe de
transição recebem uma espécie de
relatório com a situação do
Brasil e principalmente das contas do
país. Alguns membros dessa
equipe de transição podem, inclusive,
entrar para a equipe de
governo em seguida como ministros.
Além de Paulo Guedes, que já havia sido
anunciado para a pasta
de Economia, outros três nomes já foram
revelados. O primeiro
deles é o da estratégica Casa Civil, cargo
que deve ser assumido
pelo deputado federal Onyx Lorenzoni,
do DEM. Já o Ministério da
Defesa ficará com o general reformado
Augusto Heleno.
Um nome que causou surpresa foi o do
Um nome que causou surpresa foi o do
astronauta brasileiro Marcos
Pontes, que deve ficar com a pasta de
Ciências e Tecnologia.
Lembrando que além de ter sido o
primeiro sul-americano a ir
paro o espaço, astronauta brasileiro
Marcos Pontes, é também
tenente-coronel da aeronáutica.
Entre os nomes cotados mas não
confirmados estão o do general da
reserva Oswaldo de Jesus Ferreira para
o ministério da Infraestrutura,
e o também general Aléssio Ribeiro
Souto para a área de educação
e comunicações – ou seja, Bolsonaro
que começou a carreira nas
forças armadas e fez uma campanha
baseada em uma política linha
dura pretende se cercar de militares
para governar.
Além disso, segundo o presidente do
Além disso, segundo o presidente do
PSL Gustavo Bibiano, um dos
nomes cogitados para a pasta da Justiça
seria o do juiz Sérgio Moro.
Mas as ministra Eliana Calmon também
estaria sendo cotada para o
mesmo cargo.
http://br.rfi.fr/brasil/20181029
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