segunda-feira, 29 de outubro de 2018

BRAZIL

Abstenção foi um dos vencedores 

da eleição presidencial brasileira

 










Taxa de abstenção é o maior dos últimos cinco 


pleitos.REUTERS/Pilar Olivares

Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito neste domingo (28) para a 
presidência do Brasil ao derrotar Fernando Haddad (PT).
 Ele reuniu 55% dos votos contra 44% para o petista. 
No entanto, o índice de abstenção, de mais de 20%,
 aponta para uma rejeição do eleitorado diante de 
uma campanha de segundo turno bastante polarizada.

em R$ 150 bilhões. Mas o novo chefe de Estado também terá
ue enfrentar pela frente um desafio de imagem. Afinal, mesmo se o
 presidente foi eleito, ele conta com um índice de rejeição bastante elevado.
Sem esquecer que esse pleito foi marcado pela alta abstenção, o que
 é também um termômetro de popularidade para um candidato. Cerca
 de 31 milhões de eleitores não votaram nesse segundo turno, o que
 representa um índice de abstenção de mais de 21%, o maior 
registrado no Brasil nos últimos 20 anos.
Somados aos 7% de votos nulos e os mais de 2% de votos brancos,
 eles reúnem mais de 30% de eleitores
 que preferiram não escolher
 entre os dois candidatos.
Especialistas apontam que esse índice 
de abstenção e de votos nulos
 é um resultado da polarização que
 marcou a campanha.
Dessa forma, mesmo se Bolsonaro em
 um de seus discursos logo
 após o anúncio da vitória declarou que 
pretende governar para todos 
os brasileiros, não se pode esquecer que 
quase um terço dos
 eleitores não se sentiam representados
 nessa eleição e 
preferiram, por algum motivo,
 simplesmente não votar.
Transição já começou
Mesmo se a posse do novo chefe de 
Estado só acontece no dia 1°
 de janeiro, o processo de transição já
 está sendo organizado em
 Brasília. No domingo (28), quando votou
 em São Paulo, o atual 
presidente Michel Temer disse que do 
lado do governo tudo estava 
pronto e a transição já começaria a partir
 desta semana.
Esse processo consiste na composição de 
uma equipe, nomeada
 pelo presidente eleito, que começa a 
trabalhar com o governo que
 deixa o poder.
Jair Bolsonaro pode nomear até 50 pessoas,
 que se instalam em
 Brasília para preparar sua chegada Os
 Integrantes da equipe de
 transição recebem uma espécie de 
relatório com a situação do
 Brasil e principalmente das contas do
 país. Alguns membros dessa 
equipe de transição podem, inclusive,
 entrar para a equipe de
 governo em seguida como ministros.
Além de Paulo Guedes, que já havia sido
 anunciado para a pasta
 de Economia, outros três nomes já foram 
revelados. O primeiro
 deles é o da estratégica Casa Civil, cargo
 que deve ser assumido
 pelo deputado federal Onyx Lorenzoni, 
do DEM. Já o Ministério da 
Defesa ficará com o general reformado
 Augusto Heleno.
Um nome que causou surpresa foi o do
 astronauta brasileiro Marcos
 Pontes, que deve ficar com a pasta de
 Ciências e Tecnologia.
 Lembrando que além de ter sido o
 primeiro sul-americano a ir
 paro o espaço, astronauta brasileiro
 Marcos Pontes, é também
 tenente-coronel da aeronáutica.
Entre os nomes cotados mas não
 confirmados estão o do general da
 reserva Oswaldo de Jesus Ferreira para
 o ministério da Infraestrutura,
 e o também general Aléssio Ribeiro
 Souto para a área de educação
 e comunicações – ou seja, Bolsonaro
 que começou a carreira nas
 forças armadas e fez uma campanha
 baseada em uma política linha
 dura pretende se cercar de militares
 para governar.
Além disso, segundo o presidente do
 PSL Gustavo Bibiano, um dos
 nomes cogitados para a pasta da Justiça
 seria o do juiz Sérgio Moro.
 Mas as ministra Eliana Calmon também
 estaria sendo cotada para o
 mesmo cargo.
http://br.rfi.fr/brasil/20181029
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-dos-vencedores-da-eleicao
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