quinta-feira, 10 de novembro de 2016

BRAZIL

Quinta-feira, 10 de Novembro 

de 2016

Renan dá início a uma vingança 

que interessa 

a todos nós

Por Fábio Lau
Renan: vendeta em curso


















A vendeta, quando fria e silenciosa,

é digna de aplausos.

Que Renan Calheiros dá corda ao processo de
 investigação dos

salários majestosos do Judiciário (e executivo 
e legislativo) por
 pura picuinha, não há quem duvide. Mas que ela é indispensável 
para que se recupere um mínimo de dignidade no
Brasil também
não cabe discordância. Ou a lei é para todos ou a
 ilegitimidade 
que hoje reside no Planalto vai se estender até
a barraca de pipoca
 da praça.



O presidente do Senado é o alvo do Judiciário por 
conta das 
suas implicações em operações como a Lava-Jato 
e outras mais.
 Ele deverá ser excluído da linha sucessória por
 decisão do 
STF. Uma humilhação para alguém vaidoso 
como ele.
 Cacique político das Alagoas, manda chuva 
em um estado
 onde a elite política manda mais do que
 qualquer lei ou
autoridade, Renan já armou a cilada. E nela
 pretende instalar
 gente boa da magistratura de todo o país que
 recebe muito
 mais do que determina como teto a 
Constituição Federal.

São os beneficiários daquela blasfêmia chamada 
"direito
 adquirido". Juntando um pinguinho daqui e 
uma vantagem 
dali, alguns homens de terno e símbolo da
 Justiça na lapela 
auferem R$ 50, 100 e até 200 mil reais de
 maneira legal
- igualmente imoral.

Mas, como de bobo o senador não tem nada,
 ele afirmou que
 a ideia é investigar supersalários nos três 
Poderes. Para
 cair na malha fina de Renan basta que o 
servidor público
 receba mais do que R$ 33.763 - o teto
 constitucional.

Na reta estabelecida por Renan há um
 magistrado acima 
de qualquer suspeita que virou até
 personagem de cinema.
 Dizem que tal juiz chegou a receber até
 o dobro do que 
seria legal. Seu nome tem sido mantido
 no mais absoluto
 sigilo. E com isso fica difícil as pessoas
 deduzirem, né?
 Pois é. Mas pode ser boato também ou
 maledicência desse povo!

A relatora da comissão é uma senadora
 que não costuma
 brincar em serviço: Kátia Abreu (PMDB-TO).

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