A ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora do processo
que examina a prestação de contas da campanha do
senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República
no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicitou ao tucano
informações sobre 15 supostas irregularidades detectadas nos
documentos entregues à corte.
Entre elas estão doações feitas pelas empreiteiras Odebrecht
e Construbase que somam R$ 3,75 milhões. A assessoria de
imprensa do PSDB afirma que todos os questionamentos
foram respondidos e as doações, contabilizadas. Segundo os
tucanos, as irregularidades apontadas pelo TSE são falhas contábeis.
De acordo com a assessoria técnica do tribunal, Aécio repassou
para o PSDB uma doação de R$ 2 milhões da Odebrecht, mas
não registrou a transferência na prestação de contas. A empresa
é investigada na Operação Lava Jato e doou R$ 8 milhões à
campanha do tucano e R$ 16,7 milhões ao comitê da presidente
Dilma Rousseff.
"O comitê financeiro nacional para presidente da República do
PSDB registrou em sua prestação de contas o recebimento de
doação de R$ 2 milhões, efetuada pelo candidato, no entanto,
não há o registro da transferência na prestação de contas",
afirma o relatório técnico da Justiça Eleitoral.
O TSE aponta também uma diferença entre o valor declarado
pela campanha e o montante efetivamente doado pela
construtora Construbase. O candidato tucano recebeu R$ 1,75
milhão, mas declarou R$ 500 mil.
Infrações.Além disso, de acordo com o tribunal, a campanha
tucana deixou de declarar R$ 3,9 milhões em doações estimáveis
(na forma de serviços prestados) que só foram contabilizadas na
prestação de contas retificadora.
Das 15 irregularidades detectadas pelo tribunal, pelo menos três
foram consideradas infrações graves. Elas dizem respeito a
doações recebidas antes das prestações de contas parciais e
que só foram registradas nas prestações finais, somando mais
de R$ 6 milhões.
Tanto no caso dos R$ 3,9 milhões declarados apenas na prestação
retificadora quanto no das três infrações graves, o tribunal quer
saber por que a campanha de Aécio não contabilizou a entrada
das receitas nos prazos estipulados pela legislação eleitoral.
O senador tucano, presidente nacional do PSDB, foi derrotado
pela presidente Dilma Rousseff no 2.º turno da disputa presidencial em 2014. Com informações do Estadão Conteúdo.
http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/relatora-aponta-15-
irregularidades-em-campanha-tucana/ar-AAdKKNt?ocid=mailsignoutmd
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