DIREÇÃO ASSISTIDA
Montadoras investem em
carros sem motoristas
Em breve, todos os carros virão com um motorista invisível embutido
É possível que no ano de 2020 alguns modelos de carros que dirijam a si mesmos
sempre ou em boa parte do tempo estejam sendo produzidos a todo gás. Isso
acarretará consequências importantes.
A ideia de fabricar um carro-robô como meio de reduzir acidentes e
congestionamentos já existe pelo menos desde 1939, quando uma das mostras
mais populares da Feira Mundial de Nova York foi “Futurama”, uma representação
de uma cidade onde os carros eram controlados remotamente via rádio.
A tecnologia já está chegando em parcelas à medida que as montadoras
introduzem sofisticados recursos de “direção assistida” como opcionais,
mesmo em modelos destinados ao mercado de massa.
Os compradores europeus do Ford Focus, um carro de médio porte, agora podem
permitir que ele dirija a si mesmo e mantenha uma direção segura em
engarrafamentos. O carro pode medir a área de uma vaga e se estacionar.
Ele também lê sinais de trânsito e repreende o motorista caso o limite de
velocidade seja ultrapassado. Tais apetrechos também tomam cada vez mais
decisões em nome do motorista e tomam o controle da direção em casos de
emergência, freando para evitar uma batida, por exemplo.
Outras tecnologias estão começando a tornar isso possível. Em primeiro lugar,
os elos mecânicos entre os controles e as peças estão sendo progressivamente
substituídos por equivalentes eletrônicos. Em segundo lugar, os carros agora
vêm equipados com uma versão rudimentar dos registros de dados “caixa preta”
para coletar informações nos momentos imediatamente anteriores a um acidente.
As seguradoras já começaram a oferecer descontos a motoristas que concordem
em equipar seus veículos com versões mais sofisticada do equipamento capaz de
monitorar sua direção a todo o tempo.
Basi Enan, o chefe da CoverHound, uma corretora de seguros on-line, afirma que
além de dar descontos aos motoristas que instalem caixas pretas, os seguradores
estão oferecendo prêmios mais baixos para carros com recursos de direção
assistida porque estes reduzem a incidência de acidentes. Ele acredita que
no futuro a “direção manual” será cada vez mais penalizada.
*Texto adaptado e traduzido da Economist por Eduardo Sá
fonte OPINIÃO & NOTICIA
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