MEDIDAS ANTIFUMO
América Latina declara
guerra ao tabagismo
Bastião do tabagismo, América Latina começa a endurecer a
repressão ao fumo
O tabaco, conforme gerações de crianças aprenderam na escola,
foi trazido para a Europa das Américas junto com batatas e barras de
ouro. A América Latina continua viciada na matéria prima, mas a região
começou a tentar a mudar de hábitos. Em abril o Chile se tornou o
14° país americano a banir o fumo em espaços fechados de uso público.
A conversão do Chile é significante, uma vez que o país é uma espécie de
colônia de fumantes. A Organização Mundial da Saúde afirma que mais de
40% dos chilenos fumam, comparados a 27% dos argentinos e 17% dos
cidadãos do Brasil, onde a repressão ao uso do cigarro começou no fim da
década de 90. O ministro de saúde do Chile, Jaime Mañalich, afirma que o
tratamento das vítimas do cigarro custa um quarto do orçamento de
US$ 10 bilhões destinado à saúde pública do país.
Os fumantes do Chile estão se tornando mais jovens. De acordo com
o Tobacco Atlas, um estudo do setor, quase 40% das garotas entre
13 e 15 anos de idade de Santiago, a capital doChile, fuma cigarros.
Isso representa uma alta de 20% em relação a 2003, e é a taxa mais alta
do mundo. A culpa se deve em parte ao aumento da renda. Mañalich
também assinala uma mudança cultural: “o Chile sempre foi um país
muito machista, mas isso está mudando. Para as mulheres, fumar
em público é de algum modo um sinal de liberação”.
As novas repressões latino-americanas ao fumo de cigarros enfrenta
resistência do setor. A Philip Morris International, uma empresa de
cigarros americana, abriu um processo contra o Uruguai no Centro
Internacional para Disputas de Investimento, um braço do Banco
Mundial, afirmando que as medidas antifumo do país violam um
tratado de investimento. O Brasil, o terceiro maior produtor da folha
de tabaco, enfrenta pressão dos agricultores da área para que seus
empregos sejam protegidos.
fonte OPINIÃO &NOTICIA
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