quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


PLANTAÇÕES DE COCA

Bolívia cria estratégia

 heterodoxa de combate 

à cocaína

A plantação autorizada e monitorada pelo governo da folha de coca tem 

sido uma forma eficaz de combater o tráfico na Bolívia


A Bolívia, terceiro maior produtor de cocaína do mundo, avançou sua própria
 abordagem heterodoxa para conter o crescimento das plantações de coca, a 
qual difere significativamente da guerra contra as drogas mais ampla dos EUA e 
inclui o monitoramento de alta tecnologia de milhares de plantações legais para
 produzir folhas de coca para usos tradicionais.
Para a surpresa de muitos, este experimento gerou uma queda significativa nas 
plantações de coca na Bolívia de Evo Morales, uma conquista realizada em grande
 parte sem os assassinatos e outros atos violentos que se tornaram o sangrento
 subproduto das medidas de controle de tráfico lideradas pelos EUA na Colômbia, 
México e outras partes da região.
Um sinal de progresso fundamental da abordagem boliviana em relação à coca é
 o fato de que o total de hectares de plantação de coca caiu de 12 a 13 por cento 
no ano passado, de acordo com relatórios feitos separadamente pelo Escritório 
de Drogas e Crime da ONU e pelo Escritório de Políticas Nacionais de Controle
 de Drogas da Casa Branca. Ao mesmo tempo, o governo boliviano intensificou
 os esforços para remover plantações de coca ilegais e verificaram um aumento
 em apreensões de cocaína e pasta base de cocaína.
“É fascinante observar um país que expulsou o embaixador dos EUA e a Drug
 Enforcement Agency (Agência de Repressão de Drogas) americana, e a 
expectativa da parte dos EUA é que os esforços da guerra contra as drogas 
cairiam por terra”, afirmou Kathryn Ledebur, diretora da Rede de Informação 
Andina, um grupo de pesquisa boliviano. Em vez disso, afirma, a abordagem
 boliviana está “dando resultado”.
A iniciativa de reduzir a área plantada de coca acontece em um momento em 
que o governo de Morales está pressionando outros países a emendar a 
convenção de narcóticos da ONU para reconhecer a legalidade dos usos
 tradicionais da folha de coca na Bolívia. Uma decisão é esperada em janeiro.
fonte OPINIÃO&NOTICIA


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