quinta-feira, 23 de agosto de 2012

GRITA BRASIL

Olha o foco!

É bom termos em mente que estamos em época de eleição e não é bom

 perdemos o foco agora que temos mais uma vez a chance de mudar alguma coisa em nosso país

por Claudio Schamis

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Tudo bem que o julgamento tão esperado do mensalão está rolando,
 mas é bom termos em mente que estamos em época de eleição e não
 é bom perdemos o foco agora que temos mais uma vez a chance de mudar
 alguma coisa no nosso país. No caso, em nossos municípios.
Temos que abrir um pouco o nosso leque de interesses, prestar atenção
 às nossas necessidades e tentar sacar quais dos candidatos que temos têm
 mais condições de fazer alguma coisa pelo nosso município. Pelo menos
 temos que tentar. Nem que seja como exercício.
Ler nunca é demais. Então que tal diversificar um pouco a leitura? Pode
 colocar na listinha que além de ler sobre como andam as coisas no caso do
 mensalão, qual será a próxima maldade da Carminha em “Avenida Brasil”
 e se a Nina vai revelar para o Tufão toda a verdade e viver feliz para sempre
 com o Jorginho, devemos encarar de peito aberto a leitura de outras notícias,
 como a de que doentes do interior levam 24 horas, em situação precária, para 
conseguir tratamento na capital. Ou ainda que o estado do Rio tem 15
 municípios que gastam poucos centavos por dia, per capita, com atendimento
 na Saúde, ou seja, nada. Ou ainda que a Educação em Niterói, por exemplo,
 não atingiu as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.
Mas veja bem, isso é só um exemplo, pois essas notícias, tenho certeza, não
 são únicas e exclusivas do Rio de Janeiro e Niterói. Infelizmente acontecem
 pelo Brasil inteiro. É só você olhar ao seu redor.
A hora é essa. Foco. Foco. E foco. E claro, uma dose cavalar de coragem na hora
 de votar, mesmo que seja para na hora H, no dia D, você chegar à conclusão
 de que não existe ninguém que você ache que vai fazer a diferença e opte por
 anular seu voto e parar de uma vez por todas com essa coisa de votar em C 
para A e B não entrarem. Vote por você e pelo que você acredita. Saiba que
 fazendo isso você estará exercendo a sua cidadania da melhor forma possíve
l e da forma mais honesta consigo mesmo.
Eu não disse nada demais. E por que eu não posso gostar...Do P.. Do T..Do Zé...







Infelizmente pelo visto tudo pode!
Tudo bem que existe a tal liberdade de expressão, onde a princípio,
 se pode dizer o que se pensa e coisa e tal. Mas ao mesmo tempo é 
necessário que o interlocutor saiba arcar com as consequências do
 seu dito. Independentemente de quem ele seja e o cargo que ocupa
. No sábado dia 12 de agosto, o repórter Ricardo Noblat encontra-se com
 o ministro Toffoli numa festa de um ex-ministro do Tribunal Superior 
Eleitoral, eles se cumprimentam, mas depois já no final da festa, o próprio
 jornalista escuta Toffoli praguejar palavrões e criticá-lo covardemente,
 pelas costas, chamando-o de canalha pelo fato de ele ter criticado o (pelo 
visto ainda) todo poderoso José Dirceu, que teria colaborado com o blog 
do jornalista.
A questão principal nesse episódio de “briga doméstica” não é o fato em si
 dos palavrões proferidos por um ministro do STF, mas sim a simpatia
 escancarada de um ministro do Supremo Tribunal Federal por uma pessoa
 que é ré de um processo que, por acaso, ele está julgando.
A via de mão dupla não funciona na cabeça do ministro Toffoli, que acha um
 descaramento Zé Dirceu receber uma crítica do dono do blog onde ele escreve,
 mas que, ao mesmo tempo, não acha nada demais que ele próprio, um
 ex-advogado que fez carreira defendendo o PT, alçado a Advogado-Geral
 da União e depois ungido ministro do STF pelo Rei Lula aos 42 anos, além
 de ter ocupado a subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil quando esta 
era comandada por ninguém menos que Zé Dirceu, participe de um julgamento
 onde o próprio Zé Dirceu é apontado como um dos principais mandantes e
 ideólogos do crime. Dirceu, o pai do mensalão, – embora eu ainda ache
 que o pai seja outro – tem um grande aliado no tribunal, em um julgamento em
 que grande parte da honra do PT está sendo julgada, e não por uma besteira
. Não roubaram uma lata de leite.
Mas fazer o que? Nada. Apenas assistir.
Legalmente o ministro Toffoli pode participar, mas se está se julgando também
 a ética de políticos, seria mais ético e coerente se o ministro, que tem vínculo
 (querendo ou não) afetivo com o réu maior, tirasse o seu time de campo.
Vota Peluso, vota!
Faltam 12 dais pra minha aposentadoria...
Se não fosse no Brasil, eu até poderia achar que foi mera coincidência, mas no fundo acho que forças do mal estão conspirando para que Peluso, o ministro prestes a se aposentar compulsoriamente, não consiga votar, o que aumenta a probabilidade de dar empate. Se eu tivesse o poder de um ministro e fosse, quem sabe, o presidente do STF, mudaria a ordem de votação e deixaria que Peluso abrisse os trabalhos. Acredito que nesse caso a ordem dos fatores poderia sim alterar a história e o produto: a Justiça.
Tudo bem que ele deverá até antecipar seu voto e apresentá-lo de forma integral e não de forma fatiada como fez o relator, Joaquim Barbosa. Mas já estão querendo colocar mais lenha na fogueira, dizendo que mesmo com a antecipação do seu voto, Peluso não seria mais ministro quando os demais forem se pronunciar sobre a dosagem da pena, o que fez o ministro Marco Aurélio Mello dizer que seria um voto capenga e levantou a possibilidade de Peluso condenar sem aplicar a pena.
Por que não pensaram nisso tudo antes de armar o circo? Por que não anteciparam o começo do julgamento de modo a evitar toda essa discussão? Isso tudo era previsível, e nada se fez.
Ângela prometeu, se eleita, treinar um novo passo da caminhada saltitante
Seria bom, pelo menos agora…
Já que estamos em plena época de eleição, seria bom fazer um exercício de jogo da memória e tentar ver quais dos candidatos que estão por aí prometendo mundos e fundos estão limpos em sua opinião. O que eles fizeram, e se fizeram algo relevante num passado – espera-se – não tão distante. Devemos lembrar que hoje Ângela Guadagnin, que tenta a reeleição como vereadora de São José dos Campos, é a mesma Ângela que seis anos atrás dançou no plenário numa cena lamentável e de puro escárnio, comemorando a absolvição do colega João Magno, então deputado de Minas Gerias pelo PT e hoje réu do mensalão. Ângela, é bom lembrar,  continua afirmando que o mensalão não existiu. Na época da tal sambadinha, disse que aquilo foi apenas uma “caminhada saltitante”. Ela, que na época do episódio, tinha uma cadeira no Conselho de Ética e que chegou a renunciá-la. Isso é só para ilustrar que o cardápio de maus candidatos está repleto de opções.
A única coisa ruim é que alguns podem acabar tendo que pagar, de uma forma ou de outra, pela escolha dos famintos de antolhos e dos desmemoriados.
A faca está na sua mão.
Que bom que foi agora…
Tá pra nascer alguém que vai me impugnar!! Não fiz nada demais!
Pelo menos – espero eu – que parte do povo do Agreste pernambucano que vive em João Alfredo esteja comemorando a decisão do juiz eleitoral da cidade, Hailton Gonçalves, que impugnou a candidatura à reeleição de Severino Cavalcanti com base na Lei da Ficha Limpa, já que a ficha de Severino não sabe o que é um sabão há muito tempo. A decisão do juiz também levou o ex-presidente da Câmara dos Deputados a renunciar do cargo de deputado federal em 2005, para fugir – como os ratos sempre fazem quando o gato chega –, do processo de cassação por causa do episódio que ficou conhecido como “mensalinho”, que claro nunca deve ter existido também. Não é mesmo galera defensora dos fracos, oprimidos e injustiçados?
Infelizmente ainda cabe recurso, e o filho de Severino, deputado estadual Zé Maurício (PP), se disse confiante a respeito da continuidade da campanha do pai e que eles irão ganhar o embate e a Justiça irá prevalecer.
Espero realmente que não e que quem for julgar o recurso lembre-se que o próprio Severino disse uma vez: “Nada disso importa. Depois de um tempo o povo esquece tudo e sempre vota novamente na gente”.
Será tão difícil que eles não entendem que não é momento de pedir aumento? Será que não aprenderam nada?
Lula, Dilma, a greve, o governo…
Lula é engraçado. Está solidário com a sua pupila Dilma. Se em uma outra época, ele (Lula) estaria espumando de raiva se ouvisse do governo que nem sempre se pode atender aquilo que as pessoas querem. Que o governo tem que trabalhar com o dinheiro disponível. Que o dinheiro é limitado. E que as pessoas tem que entender que o governo não tem todo o dinheiro que a gente pensa que tem.
Lula, o sindicalista, parece que mudou de lado.  Na época que foi presidente dizia que não era momento de aumentos salariais, e hoje ainda usa o argumento – que em outra época não serviria para ele – que o mundo vive uma crise de grande repercussão e que o Brasil, embora seja um país que sofra menos com a crise, também está envolvido numa política globalizada.
Não seria mais fácil (e justo) guardar de reserva pelo menos parte do dinheiro que é desperdiçado, desviado para bolsas, bolsos, meias e cuecas, fraudes e mensalões – ops, desculpa, isso nunca existiu né? – para ocasiões como essa, quando trabalhadores querem simplesmente um aumento justo como qualquer trabalhador decente?
Ah, esse Lula… Ah, essa Dilma…Ah, esse governo…
Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambiente fechado
fonte OPINIÃO &NOTICIA

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