As promotorias de Defesa do Patrimônio Público e Social têm 354 ações
judiciais em curso que, somadas, totalizam o valor de R$ 6.657.006.280,80.
2; O levantamento foi feito pelo Núcleo de Análise e Distribuição de Feitos
da Prodep entre as ações apresentadas nos últimos dez anos.
A maioria das ações que aguarda decisão é contra o GDF e seus órgãos
de administração direta e indireta, como secretarias, autarquias e
empresas públicas. Especializadas em questões ligadas à administração
pública, as seis promotorias tentam evitar que recursos e bens públicos
sejam usados indevidamente pelos gestores.
Há processos à espera de sentença que foram iniciados ainda em 2002
. Mas a maioria dos procedimentos foi apresentada de 2008 para cá.
Canteiros
Embargadas pelo Ministério Público, as obras do VLT (Veículo Leve
sobre Trilhos) respondem por quase metade do valor das ações que
esperam por julgamento (R$ 3 bilhões). Por suspeita de conluio entre as
empresas concorrentes, o MP conseguiu parar temporariamente os
contratos para a implantação do novo sistema de transporte.
Em decisão de dezembro do ano passado, os desembargadores
confirmaram as suspeitas dos promotores e anularam os dois contratos.
A questão agora está no (STJ) Superior Tribunal de Justiça.
Os canteiros do VLT estão parados há dois anos. O GDF tenta fazer um
novo edital para retomar as obras, mas a proposta tem sido barrada
seguidas vezes pelo Ministério Público.
Orquestra
Outra ação das promotorias ainda não julgada pede a devolução de
R$ 6 milhões em recursos públicos usados pela Associação Amigos
Pró-Orquestra Sinfônica de maneira supostamente indevida.
Para evitar questionamentos judiciais, os promotores sugerem que os
gestores respeitem os pareceres de seus órgãos de auditoria internos
e fortaleça a Secretaria de Transparência e Controle.
Cabides de emprego
Pelo menos 22 ações civis públicas foram iniciadas para tentar diminuir
irregularidades no serviço público.
A Constituição diz que a forma de ingresso no corpo de funcionários do
Estado para cargo em comissão será sempre para o desempenho de
“atribuições de direção, chefia e assessoramento”.
No DF, esse princípio era desrespeitado. As repartições contavam com
grande número de servidores comissionados sem nenhum vínculo e
, geralmente, sem relação de confiança com o chefe direto.
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