O escritor Millôr Fernandes
morreu aos
87 anos na noite da terça-feira, 27, em casa,
no Rio de Janeiro. De acordo com
o filho de Millôr, Ivan Fernandes, o escritor
teve falência múltipla dos órgãos e parada
cardíaca. Em 2011, Millôr foi internado
duas vezes na Casa de Saúde São José,
no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Por um pedido da família, o motivo
da internação não foi divulgado.
O velório está marcado para quinta-feira,
29, das 10h às 15h no cemitério Memorial
do Carmo, na Zona Portuária do Rio.
Escritor, jornalista, desenhista, humorista,
dramaturgo e artista autodidata, Millôr
iniciou sua carreira aos 14 anos, na revista
O Cruzeiro. Exercia as funções de tradutor,
jornalista e crítico de teatro. No final dos
anos 1960, foi um dos fundadores do jornal
O Pasquim, conhecido por seu papel de
oposição ao regime militar. foi o principal
tradutor das obras de William Shakespeare
no Brasil e escreveu diversos tipos de peças.
Atualmente, o escritor mantinha um site
pessoal onde escrevia frases, charges e
textos de humor, além de manter um
acervo com seus trabalhos dos últimos
50 anos.
Carioca do Méier, Millôr nunca parou de
criar e produzir. Talvez um dos maiores
gênios múltiplos brasileiros, foi um filósofo
que usava o humor como arma contra a
repressão. Seu humor não facilitava, era
comprometido e ao mesmo tempo acessível.
Usava o humor para fazer pensar. Sua mãe
queria que o menino se chamasse Milton,
mas na grafia do escrivão do cartório,
ficou Millôr.
Confira algumas frases engraçadas de Millôr
Fernandes:
“Democracia é quando eu mando em você,
ditadura é quando você manda em mim.”
“O poder é o camaleão ao contrário: todos
tomam a sua cor.”
“Acreditar que não acreditamos em nada é
crer na crença do descrer.”
“Anatomia é uma coisa que os homens
também têm, mas que, nas mulheres,
fica muito melhor.”
“As pessoas que falam muito, mentem
sempre, porque acabam esgotando seu
estoque de verdades.”
“Como são admiráveis as pessoas que nós não
conhecemos bem.”
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