quarta-feira, 12 de junho de 2013

MP denuncia 16 pessoas por desvio 

de verbas em

Crissiumal  Santa Catarina

Ex vice-prefeito e ex-secretários municipais estão entre os denunciados

O Ministério Público (MP) de Crissiumal, na região Celeiro do Estado, 
denunciou 16 pessoas ligadas
 à administração municipal e empresas da cidade por crimes cometidos
 contra o Poder Público – entre
 eles desvio de verbas e fraudes em documentos da área da saúde e da
 construção civil. A denúncia 
foi encaminhada à Justiça na sexta-feira, assinada pelo promotor Ronaldo
 Adriano de Almeida Arbo.

As investigações iniciaram em outubro do ano passado, a partir da
 Operação Patriota, deflagrada pela 
Polícia Civil. Um dos núcleos do esquema era formado por uma 
ex-secretária de Saúde de Crissiumal,
 por um dos sócios e uma ex-funcionária de um laboratório de análises 
clínicas, além de dois médicos. 
O grupo teria desviado recursos do Consórcio Intermunicipal de Saúde 
(Cisa), desde abril de 2011.

Segundo as investigações, a quadrilha teria fraudado guias de exames 
que não foram realizados, 
com a assinatura dos médicos. O esquema visava obter recursos do 
Cisa. Estima-se que a fraude
 aumentou de R$ 9 mil para R$ 15 mil a média de pagamento mensal
 pelo Cisa ao laboratório. Outro 
crime cometido foi o de lavagem de dinheiro. O sócio do estabelecimento
 teria usado o dinheiro da 
fraude para a compra de oito imóveis em Chapecó (SC), um em
 Balneário Camburiú (SC) e quatro 
em Crissiumal (RS). Entre 2011 e 2012, ele teria duplicado o seu patrimônio.

Outro núcleo era formado por um ex vice-prefeito da cidade, um 
ex-secretário de Finanças,
 um ex-secretário de Planejamento, um servidor da prefeitura de 
Crissiumal, um ex-responsável 
pelo Parque Municipal de Obras, além de seis empresários. O grupo
 teria fraudado diversas 
licitações para obras e serviços de construção civil entre 2009 e 2012. 
Segundo o MP, muitos 
trabalhos sequer foram realizados ou foram feitos por servidores
 municipais. Em troca, os
 funcionários recebiam dinheiro em espécie, apoio político ou apartamentos.

Ainda conforme a denúncia do MP, os valores desviados serviram para
 a compra de votos, 
através de cupons fiscais para a aquisição de combustível. Os
 documentos foram encontrados 
durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do
 ex-secretário de Finanças,
 todos assinados pelo ex vice-prefeito e pela ex-secretária de Saúde,
 candidatos às eleições 
municipais do ano passado.

O MP solicita a suspensão de qualquer atividade econômica e financeira
 com relação à 
administração pública municipal, direta ou indiretamente, do sócio do 
laboratório e um dos 
empresários supostamente envolvidos no esquema

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