Após nove anos, Justiça
marca para agosto júri
de acusado por chacina
de Unaí (MG)
A juíza responsável pela 9ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais,
Raquel Vasconcelos Alves de Lima, decidiu marcar para o próximo dia
27 de agosto o julgamento de Rogério Alan Rocha Rios, um dos oito
réus que respondem pelo caso conhecido como chacina de Unaí.
A chacina ocorreu no dia 28 de janeiro de 2004, quando os ficais do
trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e
Nelson José da Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram
emboscados em uma estrada de terra, perto de Unaí (606 km de
Belo Horizonte), enquanto faziam visitas de rotina a propriedades rurais.
O carro do Ministério do Trabalho foi abordado por homens armados
que mataram os fiscais à queima-roupa, atados aos cintos de
segurança. A fiscalização visitava a região após denúncias de trabalho
escravo. Rogério Alan Rocha é acusado de ser um dos executores da
chacina. O julgamento dos outros sete acusados ainda não foi marcado.
Ao todo, nove pessoas foram indiciadas como mandantes do crime.
Antério Mânica (ex-prefeito de Unaí e um dos maiores produtores de
feijão do país) e Norberto Mânica, seu irmão, além dos empresários
Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Castro e Francisco Elder Pinheiro.
Além de Rogério Alan Rocha Rios, também é apontado como executor
dos assassinatos Erinaldo de Vasconcelos Silva. Willian Gomes de
Miranda foi apontado como motorista da dupla de assassinos, e
Humberto Ribeiro dos Santos, acusado de ajudar a apagar os
registros da passagem dos pistoleiros pela cidade.
Um dos réus, Francisco Elder Pinheiro, acusado de contratar os
assassinos, morreu em janeiro deste ano, aos 77 anos. Ele
aguardava o julgamento em liberdade. Rogério Alan Rocha Rios,
além de Erinaldo de Vasconcelos Silva e Willian Gomes de
Miranda, estão presos na Penitenciária Nelson Hungria, em
Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte).
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