sexta-feira, 7 de agosto de 2015

SÓ PARA SEPARAR ALHO DE BUGALHOS ......

COMBATE À CORRUPÇÃO

Delações premiadas podem se

tornar o maior legado do 

governo Dilma

Sucesso das delações como arma de combate à corrupção no país pode se tornar

 o maior legado positivo do governo da presidente

Em sua recente viagem aos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff afirmou
 que não respeita delatores. A declaração foi dada em resposta a jornalistas que
 questionaram a presidente sobre a denúncia feita pelo delator Ricardo Pessoa, 
que disse ter doado dinheiro de propina para a campanha de reeleição de Dilma.
A grande ironia em relação à declaração da presidente é que justamente as delações
 premiadas podem vir a ser o maior legado positivo de seu conturbado governo. 
A reforma política feita em seu mandato ampliou o poder dos procuradores de usar
 delações premiadas para combater a corrupção e quebraram uma tradição que
 mantinha impunes figuras poderosas do país.
Caso a delação premiada se confirme como um dos mecanismos que mais auxiliaram
na imposição da lei, a conquista pode elevar a gestão de Dilma à de Lula, que 
reduziu drasticamente a pobreza, e a de Fernando Henrique Cardoso, que livrou
 o país da inflação desenfreada.
A postura de Dilma em relação à corrupção endêmica do Brasil tem sido diferente 
da dos governos anteriores. Logo no início de seu mandato, ela iniciou uma massiva
 troca de ministros suspeito de corrupção, que ficou conhecida como “faxina”.
 A presidente também se recusou a defendê-los das acusações.
Em 2013, Dilma não interferiu quando políticos de seu partido, o PT, foram 
condenados no julgamento do mensalão. Depois ela instituiu uma lei de combate 
à corrupção que ampliou os poderes dos procuradores e o uso dos acordos de delação 
premiada em troca de sentenças menores. A medida provou ser uma “arma de
 destruição em massa” no combate a esquemas de corrupção. Desde o ano passado, 
já foram mais de 125 acusações e 30 condenações. E a expectativa é que esses números 
aumentem ainda mais.
Durante as investigações, Dilma expressou revolta contra seus aliados envolvidos em
 esquemas ilícitos, e tem se esforçado para revindicar para o seu governo o crédito 
da guerra à corrupção.

Diferentemente de outros parlamentares do país, Dilma não está sendo acusada de
 envolvimento direto em casos de corrupção. Logo, apoiar as investigações se tornou
 uma grande estratégia de sobrevivência da presidente.
fonte OPINIÃO &  NOTICIA

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