quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Vida de gado UM POUQUINHO DE UM PAIS CHAMDO BRAZIL








Quem é o jurista que repreendeu Sergio Moro em audiência?

Após a divulgação do áudio da mais tensa

 audiência da Lava Jato, grande público quis 

saber a identidade do jurista que “puxou a 

orelha” de Sergio Moro. Trata-se do professor 

titular da UFPR Juarez Cirino dos Santos,

 sumidade entre criminalistas e maior nome

 da Criminologia Radical



como a mais tensa audiência da Operação Lava Jatoencabeçada
 pelo Juiz Sérgio Moro trouxe ao conhecimento do público um 
respeitado conhecido do Direito Penal no país: Juarez Cirino dos Santos.
Professor Titular de Direito Penal daUniversidade Federal do Paraná,
 Cirinodestaca-se como pioneiro e maior nome da Criminologia
 Radical, a qual relaciona o crime e controle do Estado como
 processoestruturais e institucionais decorrentes do capitalismo
 e a relação entre explorador e explorado. Seu livro “Curso
 de Direito Penal” é aclamado pela academia como uma 
das grandes obras já produzidas pela intelectualidade brasileira.
O melhor Curso de Direito Penal já escrito. Sim, de
 todos os tempos. Sim, em todo o mundo. “O” livro que você
 precisa, mas pode chamar de bíblia dos criminalistas 
críticos. É antes/depois de Cirino (aC/dC)” – exaltou nas
 redes sociais o Professor de Direito Penal da Universidade 
de São Paulo, Maurício Stegemann Dieter, sobre o livro escrito 
por Cirino sobre o Direito Penal Crítico.
Cirino representa o ex-presidente Lula, ao lado dos advogados
 Cristiano Zanin Martins e José Roberto Batochio, na ação 
que discute o apartamento no Guarujá. Os outros dois
 advogados também tiveram falas de destaque na discussão 
com o magistrado.

Ao fim da discussão, meio jurídico exalta Cirino

A discussão entre Cirino e o Juiz Federal foi sobre as 
perguntas do magistrado às testemunhas que iam além da 
acusação. No Processo Penal, tanto acusação, quanto a 
magistratura estão limitados aos fatos descritos na denúncia,
 que é um documento processual que descreve do que a
 pessoa está sendo acusada. A restrição à acusação inicial
 é conhecida como princípio da correlação.
Ao ser interpelado por Cirino pela “fuga” do tema, Moro 
apenas retrucava dizendo que poderia sair da correlação 
pois “há um contexto”. “Mas qual é o contexto? Só existe
 na cabeça de vossa excelência. O contexto, para nós,
 é a denúncia” – retrucou o Professor e Advogado.
O que houve é que ele não se limitava a esclarecer as 
perguntas feitas às testemunhas, mas queria trazer fatos
 novos, que não tinham sido objeto de denúncia ou de
 depoimentos e, por isso, ele violava os princípios do
 contraditório e da ampla defesa” – explicou Cirino na 
saída do julgamento.
O episódio circulou nas redes sociais e foi muito bem 
recebido pelo meio jurídico. Uma aula de resistência ao 
autoritarismo, afirmou o Professor da Universidade Federal 
do Rio Grande do Sul, Salo de Carvalho.
Já o Professor da PUC/RS, Aury Lopes Júnior, também
 destacou o trabalho de Cristiano Zanin e Batochio ao lado 
de Cirino – “três grande advogados e reconhecido
 juristas em ação: Cristiano Zanin Martins, Juarez Cirino 
Dos Santos e José Roberto Batochio. Mostrando como
 ser combativo, sem perder a postura e a dignidade, e 
não pactuar com a prepotência. Pena que quando falta
 autoridade no argumento, sobram argumentos de
 autoridade, culminando com um corte do microfone.
 Mas nada disso cala uma defesa competente”.
Coluna no Justificando
Cirino assina uma coluna no Justificando, onde publica artigos
 sobre direito criminal e atualidades. No seu último artigo, o
 Professor destacou a transferência da política tradicional
 para a Vara Federal de Curitiba onde ele travou o caloroso debate:
A estratégia política das classes dominantes, percebida
 como alternativa real de reconquista do Poder Executivo, é
 a novidade da luta de classes na sociedade brasileira: a
 possibilidade de deslocar o cenário de campanha política
 das praças públicas para alguns órgãos da justiça
 criminal brasileira – ou melhor, a transferência dos
tradicionais comícios populares em palanques públicos
 para o espaço judicial monocrático da 13ª Vara Federal 
Criminal do Juiz Sérgio Moro, de Curitiba – escreveu.
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