terça-feira, 22 de novembro de 2016

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PSDB  ATÉ  A MAFIA SENTE INVEJA 
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Escândalo de Furnas que envolve Aécio Neves se arrasta na Justiça há 10 anos

Denúncia do MPF sobre Furnas que envolve Aécio Neves volta à fase de inquérito no Rio de Janeiro. A ação está longe de apontar culpados

Passados dez anos do surgimento das primeiras 
informações sobre um esquema de corrupção
 semelhante ao mensalão montado na companhia 
estatal Furnas Centrais Elétricas em benefício de
 políticos e partidos, a ação judicial ainda está longe 
de apontar culpados. Responsável há quase quatro
 anos pelas investigações, a Polícia Civil do Rio
 ainda não apresentou conclusões ao Ministério 
Público do Estado.

Inicialmente atribuição da Justiça Federal, a ação
 passou para a Justiça do Estado do Rio após a 
apresentação pelo Ministério Público Federal de 
denúncia contra 11 acusados, entre empresários,
 lobistas, dirigentes e funcionários da estatal 
vinculada ao sistema Eletrobras. A remessa do
 processo ao Judiciário fluminense ocorreu em
 26 de março de 2012, por determinação do juízo
 federal.
O caso ficou conhecido como “lista de Furnas” e
 envolvia políticos supostamente beneficiados com
 dinheiro desviado da estatal com sede no Rio. O 
esquema reproduzia o praticado no mensalão,
 segundo a procuradoria. A corrupção em Furnas
  foi citada nas delações premiadas do doleiro
 Alberto Youssef e do lobista Fernando Moura,
 senador Aécio Neves (PSDB-MG) como
 beneficiário de desvios. Ele nega.
Os documentos do MPF foram enviados à Justiça
 Estadual e ao Ministério Público Estadual dois
 meses após a procuradora da República Andréa
 Bayão ter denunciado 11 pessoas à 2ª Vara 
Federal Criminal do Rio, em 25 de janeiro de 2012,
 entre elas o ex-diretor Dimas Toledo, o ex-deputado
 Roberto Jefferson (PTB) e o lobista Nilton Monteiro.
 O juiz Roberto Dantes de Paula, da Justiça Federal 
no Rio, entendeu que a análise da denúncia competia
 à Justiça estadual, pelo fato de Furnas ser uma
 empresa de capital misto. Daí a transferência
 para a Justiça local.
Desde então, a apuração se arrasta. O caso está na
 Delegacia Fazendária do Rio desde 4 de outubro
 de 2012, mas o inquérito – com 26 caixas de 
documentos – ainda não foi remetido ao MPE. 
A delegada Renata Araújo disse que aguarda
 um depoimento, provavelmente em março, para
 finalizar a investigação. O procurador-geral de 
Justiça no Estado, Marfan Martins Vieira, não r
espondeu ao jornal O Estado de S. Paulo sobre a 
demora na conclusão do caso.
O desvio de recursos públicos, conforme o MPF,
 ocorreu na contratação de empresas para realizar
 obras nas Usinas Termoelétricas de São Gonçalo
 e de Campos (RJ) e para prestar serviço de
 assessoria técnica à Furnas. Os valores desviados
 – R$ 54,9 milhões, segundo o MPF – seriam 
usados para abastecer campanhas eleitorais.
Pressão
Para a Procuradoria, os desvios eram comandados
 por Dimas Toledo, então diretor de Planejamento
 de Engenharia e Construção de Furnas. Em 2003
, sob risco de perder o cargo, ele teria elaborado 
uma relação com nomes de políticos beneficiados 
pelos desvios, como forma de pressionar o governo 
a mantê-lo no cargo.
Constam na lista os nomes de 1.556 políticos 
que fizeram campanha eleitoral em 2002. A 
autenticidade, contudo, sempre foi contestada
 pelos citados. O documento veio a público pelo
 lobista Nilton Monteiro, que chegou a ser preso
 em Belo Horizonte acusado de estelionato.
Duas versões da lista foram apresentadas à PF, 
para perícia. A Procuradoria da República, ao 
oferecer a denúncia, se baseou nos relatórios 
policiais. Um trecho do laudo da PF diz que a lista
 original não tem evidências de montagem ou
 alterações e que foram “constatadas diversas
 convergências” entre a assinatura contida no 
documento e as fornecidas por Toledo para 
 comparação. Mas a PF faz uma observação
 sobre a assinatura: “Não se pode afirmar isso
 com certeza“. Em 2006, o relatório final da CPI
 dos Correios concluiu que a lista é falsa, com
 base na análise de dois institutos de perícia.
A lista de Furnas voltou a ser mencionada em 
afirmaram que Aécio teria recebido propina
 proveniente da estatal. Youssef disse ter 
ouvido do ex-deputado José Janene (PP),
 morto em 2010, que parte dos recursos 
desviados de Furnas seria dividida com o senador.
Moura afirmou à Justiça que Aécio receberia
 um terço da propina de Furnas. Disse ainda
 ter ouvido do ex-ministro José Dirceu, logo
 após as eleições de 2002, que o diretor de
 Furnas era “o único cargo que o Aécio pediu
 pro Lula“, quando este foi eleito presidente. 
Lula e Aécio mantinham boa relação à época.
Em nota, o PSDB qualificou a lista de Furnas
 como fraude. Sobre as citações dos delatores,
 a equipe de Aécio considerou como 
declarações absurdas e irresponsáveis que 
se baseiam apenas em ‘ouvi dizer’ e já foram
 desmentidas pelos próprios citados“. A 
assessoria de Aécio acrescentou que ele entrará
 com pedido de interpelação de Moura para 
que confirme a citação a seu nome para tomar
as medidas legais cabíveis.
Em relação a Youssef, disse que o próprio já 
afirmou nunca ter tido contato ou relação com
 Aécio, “não havendo, portanto, no que diz
 respeito ao senador, sequer do que se defender“.
A Procuradoria-Geral da República, 
responsável pela denúncia de políticos com foro,
 não informou se a apuração iniciada pelo MPF
 no Rio teve continuidade. O Supremo Tribunal
 Federal não confirmou se há processo em
 tramitação neste caso.

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