22/11/2016 11:19
Com Temer/PSDB,
desemprego dá salto e chega a 21%. Com
Dilma era de 12%. Analistas culpam Temer e
Meirelles
Demissões em massa passaram a
ocorrer a partir de setembro
Um contingente
de 22,9 milhões de brasileiros ficaram sem
trabalho, equivalente a 21,2% da população
em idade produtiva no Brasil, ao longo do
terceiro trimestre, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o órgão, a taxa de subutilização da
força de trabalho - que engloba a taxa de
desemprego, a taxa de desemprego por insuficiência
de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial
– já havia sido elevada e no segundo semestre,
alcançando 20,9% da força de trabalho. No
terceiro trimestre de 2015, o índice havia sido de
18%.
Segundo o IBGE, o desemprego subiu em todas
as regiões do Brasil no terceiro trimestre, com exceção
da Região Sul, que passou de 8% para 7,9%. No Norte,
o avanço do desemprego passou de 11,2% para 11,4%,
Sudeste passou de 11,7% para 12,3%, Nordeste, avanço
foi de 13,2% para 14,1% e no Centro-Oeste o índice
passou de 9,7% para 10%.
Leia mais sobre o assunto na matéria da Agência Brasil.
Nielmar de Oliveira, repórter da Agência Brasil - A taxa
composta de subutilização da força de trabalho do
país fechou o terceiro trimestre do ano em 21,2%,
atingindo 22,9 milhões de pessoas em todo o país.
O indicador, que agrega a taxa de desocupação, a
de desocupação por insuficiência de horas e da força
de trabalho potencial, foi divulgado hoje (22) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
no Rio de Janeiro.
No segundo trimestre de 2016, para a totalidade do
Brasil, essa taxa foi de 20,9%, o que significa que
houve uma alta entre um trimestre e outro de 0,3
ponto percentual e de 3,2 pontos percentuais em
relação a igual trimestre de 2015, quando o indicador
era de 18%.
Os dados divulgados pelo IBGE constam da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
Contínua – Trimestral para Brasil, Grandes Regiões
e Unidades da Federação, referentes ao trimestre
encerrado em setembro.
Os principais resultados da Pnad Contínua para
o Brasil já foram divulgados no dia 27 de outubro
e indicavam uma taxa de desemprego de 11,8%,
resultado 0,5 ponto percentual superior aos 11,3%
do trimestre encerrado em junho, que apontava 12
milhões de trabalhadores desocupados para uma
população ocupada de 89,8 milhões de trabalhadores.
Taxa no Nordeste é de 31,4%
Os dados do IBGE indicam que a maior taxa composta
da subutilização da força de trabalho foi observada no
Nordeste, que, no terceiro trimestre do ano, chegou a
31,4%, enquanto a menor foi registrada na região Sul
(13,2%). Bahia (34,1%), Piauí (32,6%) e Maranhão
e Sergipe (ambos com 31,9%), foram os estados
com as maiores taxas. Já as menores foram anotadas
em Santa Catarina (9,7%), Mato Grosso (13,2%) e Paraná (14,2%).
A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas
trabalhadas e desocupação (pessoas ocupadas com
uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas
que gostariam de trabalhar em um período maior
somadas às pessoas desocupadas) foi de 16,5%,
sendo 4,8 milhões de trabalhadores subocupados
por insuficiência de horas trabalhadas e 12
milhões de desocupados. No segundo trimestre
de 2016, para Brasil, essa taxa foi de 16% e, no
terceiro trimestre de 2015, de 14,4%.
A região Nordeste (22,9%) apresentou a maior taxa
combinada de subocupação por insuficiência de
horas trabalhadas e desocupação e a região Sul
, a menor (10,7%). Bahia (26,2%), Sergipe (23,7%)
e Piauí e Paraíba (ambos com 22,9%) foram os
estados com as maiores taxas. As menores foram
observadas em Santa Catarina (8%), Mato Grosso
(10,6%) e Paraná (11,4%).
Já a taxa combinada da desocupação e da força
de trabalho potencial, que abrange as pessoas
que gostariam de trabalhar, mas não procuraram
trabalho, ou que procuraram, mas não estavam
disponíveis para trabalhar (força de trabalho
potencial), foi de 16,8%, atingindo 6,1 milhões
de pessoas. No segundo trimestre de 2016,
para Brasil, essa taxa foi de 16,4% e, no
terceiro trimestre de 2015, de 12,8%.
No Nordeste, a taxa combinada de desocupação
e força de trabalho potencial foi de 23,6% e no
Sul, ficou em 10,5%. Alagoas (25,4%), Bahia
(24,9%) e Maranhão (24,5%) foram os estados
com os maiores números. Os menores foram
observadas em Santa Catarina (8,1%), Rio
Grande do Sul (11,0%) e Paraná (11,4%).
Taxa de desocupação sobe em todo o país
O detalhamento do IBGE sobre os dados da
Pnad Contínua indica que a taxa de desocupação
de 11,8% para a totalidade do país, no trimestre
encerrado em setembro, subiu em todas as
grandes regiões pesquisadas no terceiro
trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2015.
Ela é maior na região Nordeste, onde o desemprego
cresceu de 10,8% para 14,1% do segundo para o
terceiro trimestre do ano; seguido do Sudeste
(de 9% para 12,3%); do Norte (de 8,8% para
11,4%); Centro-Oeste (de 7,5% para 10%); e
do Sul (de 6% para 7,9%).
Os estados que apresentaram a maior taxa de
desocupação foram Bahia (15,9%), Pernambuco
(15,3%) e Amapá (14,9%), enquanto as menores
foram registradas em Santa Catarina (6,4%),
Mato Grosso do Sul (7,7%) e Rio Grande do
Sul (8,2%), todas abaixo da média nacional de 11,8%.
Carteira assinada: Sul do país lidera
Quando analisada pelo ângulo do emprego
formal, a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD) Contínua – Trimestral para
Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação
, referentes ao trimestre encerrado em setembro,
indica que o percentual de trabalhadores com
carteira assinada é maior na região Sul do país,
onde, no terceiro trimestre do ano, 84,4% dos
trabalhadores do setor privado tinham carteira assinada.
Em seguida, vem o Sudeste (82,7%) e o Centro-Oeste
(76,8%) que apresentaram formalidade maior que
a média nacional de trabalhadores com carteira
assinada que fechou setembro em 76,9%. O
Nordeste (61,2%) e o Norte (60,8%) registram
um percentual de trabalhadores com carteira
assinada abaixo da média do país.
Mulheres fora da força de trabalho
Os dados aprofundados da Pnad Contínua sinalizam que
as mulheres representavam no terceiro trimestre do ano
65,5% da população fora da força de trabalho.
Outras 35,6% das pessoas em idade de trabalhar que
estavam fora do mercado eram idosas (com 60
ou mais anos de idade). A região Nordeste foi a
que apresentou a maior parcela de pessoas fora
da força de trabalho, 45%. As regiões Sul
(36,1%) e Centro-Oeste (35,1%) tiveram os
menores percentuais.
Em relação ao nível de instrução, mais da metade
desta população (54%) não tinha concluído o
ensino fundamental e pouco mais de um quarto
tinha concluído pelo menos o ensino médio (25,8%).
Os adultos entre 25 a 39 anos respondiam por
35,2% da população desocupada, com o
percentual de mulheres sendo bem superior
ao dos homens. No terceiro trimestre, elas
representavam 50,1% dos desocupados no
Brasil. Apenas na região Nordeste o
percentual de mulheres na população
desocupada (47,7%) foi inferior ao de
homens. Já a maior participação das mulheres
dentre os desocupados foi observada na região
Centro-Oeste (52,1%).
Rendimento médio dos trabalhadores
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores
ficou acima da média do Brasil (R$ 2.015) apenas
nas regiões Sudeste (R$ 2.325), Centro-Oeste
(R$ 2.288) e Sul (R$ 2.207), enquanto Norte
(R$ 1.539) e Nordeste (R$ 1.348) ficaram
abaixo da média.
Frente ao segundo trimestre de 2016, houve
aumento do rendimento médio real no Sudeste
(0,6%) e no Sul (2,8%); enquanto nas demais
houve estabilidade. Já em relação ao terceiro
trimestre de 2015, com exceção do Centro-
Oeste, que se manteve estável, todas as demais
grandes regiões acusaram queda, com
destaque para o Nordeste (-3,9%).
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