MALDADE: Além de
não prosseguir com
Transposição, Temer
corta orçamento do
Exército que distribui
água no Nordeste
“O Nordeste enfrenta o quinto ano de seca consecutivo e a maior
parte dos mananciais já secou. Na Paraíba, a situação é de
calamidade. Muitos municípios estão com os reservatórios secos,
sendo abastecidos com carros pipa e outros enfrentam rigorosos
racionamentos para adiar um iminente colapso no abastecimento,
caso não chova nos próximos meses e o governo federal ao invés
de ajudar os nordestinos só faz piorar a situação”, denuncia o
deputado estadual Jeová Campos, referindo-se ao corte do
orçamento para o Exército e outras ações que prejudicam a região.
O parlamentar destaca uma declaração recente do comandante
do Exército Brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, que se queixou
do corte do orçamento para a instituição que, segundo o
comandante, deixou a corporação sem condições de fazer o
trabalho de distribuição de água no Nordeste, a vigilância das
fronteiras comprometida e a tecnologia dos equipamentos obsoleta.
“Ora, se o comandante vem se queixar de corte e afirma que o
trabalho de distribuição de água feito pelo Exercito no Nordeste
está comprometido devemos ficar ainda mais preocupados porque
hoje o trabalho de distribuição de água pelo Exército é o que
garante o mínimo de abastecimento para milhares de pessoas que não têm alternativa para receber água senão dos carros-pipa”, afirma Jeová.
O parlamentar lembra ainda que o descaso do governo com a
região, especialmente, nesta questão de combate a seca também
atinge uma obra importantíssima para o Nordeste que é o projeto
de Transposição do Rio São Francisco. “Apesar dos apelos e da
urgência da obra, a gente não tem do Ministério da Integração,
qualquer informação sobre quais medidas estão sendo tomadas
para resolver o abandono da obra da transposição pela construtora
Mendes Júnior, no Eixo Norte, nos trechos 3, 4 e 8, na chamada
Meta 1, que compreende toda aquela região de Terra Nova até
Salgueiro. A construtora abandonou o projeto desde junho
passado e até agora nada de concreto foi feito para resolver
essa questão”, desabafa Jeová.
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