segunda-feira, 10 de setembro de 2012


Substituindo Sua Senha Por Um Simples Toque De Dedo

O novo dispositivo pode transmitir uma 
identificação de usuário específica através da pele.

Tocar e deslizar o dedo são o método dominante de navegar em centenas de 
milhões de smartphones e computadores tablet. O mesmo toque, em breve,
 poderá confirmar a sua identidade, também.

Um novo dispositivo envia alguns bits de dados,
 que representam uma senha, de um anel especial
 no seu dedo e envia os dados como pequenas
 rajadas de voltagem através de sua pele para 
serem capturados pela tela do telefone, para que
 o seu toque sozinho o identifique pelo código do anel.
Dependendo da aplicação, isso poderia permitir a
 comutação rápida entre as configurações de pessoas 
que compartilham o mesmo dispositivo, permitindo que 
um jogo possa distinguir entre vários jogadores usando
 a mesma tela, substituir as senhas, ou fornecer uma
 camada adicional de proteção em cima de senhas
Atualmente um protótipo no Winlab, da Universidade
 Rutgers, o método "abre novos rumos na interação do 
usuário e autenticação", diz Romit Roy Choudhury, um 
cientista da computação na Universidade de Duke 
familiarizado com a pesquisa. "Imagine que todos
 aparelhos eletrônicos saberão quem você é e se
 adaptarão às suas preferências, ou mesmo lhe
 oferecerão informação personalizada" simplesmente
 por conhecer o seu toque, acrescenta.
O líder do projeto Marco Gruteser, um cientista da 
computação na Winlab, diz que espera comercializar
 o dispositivo em um prazo de dois anos. O dispositivo 
de bancada utilizado na pesquisa é desajeitado, mas 
vai ser fácil para miniaturizar, diz ele.
O anel, além de transmitir a informação através da
 pele, pode trabalhar de outras maneiras também. Ele 
pode ser aplicado diretamente a uma tela táctil para
 transmitir dados de senha mais rápidamente, ou para
 transmitir dados adicionais para uma senha mais forte.
A tecnologia consiste de um anel a bateria com memória
 flash que possui um código e um gerador de sinal que
 transmite o código como pequenos picos de tensão.
 As telas de toque - já projetadas para detectar 
variações de tensão de dedos tocando e se movendo
 pela tela – captam esses picos e o software do
 telefone os lê como dados semelhantes de senha.
Há outras maneiras de um dispositivo confirmar 
quem é o usuário: abordagens biométricas 
representam uma classe. O apelo da abordagem 
da Winlab é que muitos dispositivos já usam 
tecnologia de toque, enquanto poucos dispositivos
 comerciais têm leitores de retina ou de impressão
 digital (Atrix da Motorola, uma exceção, inclui um
 sensor de impressão digital). Um dispositivo que
 utilizasse a impressão vocal (veja "Protegendo Sua Voz")
 para identificar seu usuário, por sua vez, exigiria
 que o proprietário falasse em voz alta.
O toque não é apenas discreto e específico, diz 
Gruteser, é algo que as pessoas já fazem. "A chave
 para descobrir quem está usando um dispositivo é
 entender quem está tocando na tela e é isso que a
 nossa tecnologia pode fazer", acrescenta.
Claro, agora você tem que se lembrar de mais uma 
coisa pela manhã - de vestir seu anel (ou qualquer
 outra forma o token tomar). E, segundo, qualquer 
um que estiver com o seu anel poderia usá-lo para
 ganhar acesso ao dispositivo e suas configurações
 até que você redefina o código pelo qual o aparelho 
está procurando.
Atualmente, apenas alguns bits de dados por segundo
 podem ser transmitidos de forma rápida e precisa 
através do tal anel. O equivalente a um código PIN 
leva cerca de dois segundos para que o anel transmitir,
 mas Gruteser espera acelerar isso por um fator de 
10, modificando o firmware das telas táteis de smartphones.

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