Substituindo Sua Senha Por Um Simples Toque De Dedo
O novo dispositivo pode transmitir uma
identificação de usuário específica através da pele.
Tocar e deslizar o dedo são o método dominante de navegar em centenas de
milhões de smartphones e computadores tablet. O mesmo toque, em breve,
poderá confirmar a sua identidade, também.
Um novo dispositivo envia alguns bits de dados,
que representam uma senha, de um anel especial
no seu dedo e envia os dados como pequenas
rajadas de voltagem através de sua pele para
serem capturados pela tela do telefone, para que
o seu toque sozinho o identifique pelo código do anel.
Dependendo da aplicação, isso poderia permitir a
comutação rápida entre as configurações de pessoas
que compartilham o mesmo dispositivo, permitindo que
um jogo possa distinguir entre vários jogadores usando
a mesma tela, substituir as senhas, ou fornecer uma
camada adicional de proteção em cima de senhas
Atualmente um protótipo no Winlab, da Universidade
Rutgers, o método "abre novos rumos na interação do
usuário e autenticação", diz Romit Roy Choudhury, um
cientista da computação na Universidade de Duke
familiarizado com a pesquisa. "Imagine que todos
aparelhos eletrônicos saberão quem você é e se
adaptarão às suas preferências, ou mesmo lhe
oferecerão informação personalizada" simplesmente
por conhecer o seu toque, acrescenta.
O líder do projeto Marco Gruteser, um cientista da
computação na Winlab, diz que espera comercializar
o dispositivo em um prazo de dois anos. O dispositivo
de bancada utilizado na pesquisa é desajeitado, mas
vai ser fácil para miniaturizar, diz ele.
O anel, além de transmitir a informação através da
pele, pode trabalhar de outras maneiras também. Ele
pode ser aplicado diretamente a uma tela táctil para
transmitir dados de senha mais rápidamente, ou para
transmitir dados adicionais para uma senha mais forte.
A tecnologia consiste de um anel a bateria com memória
flash que possui um código e um gerador de sinal que
transmite o código como pequenos picos de tensão.
As telas de toque - já projetadas para detectar
variações de tensão de dedos tocando e se movendo
pela tela – captam esses picos e o software do
telefone os lê como dados semelhantes de senha.
Há outras maneiras de um dispositivo confirmar
quem é o usuário: abordagens biométricas
representam uma classe. O apelo da abordagem
da Winlab é que muitos dispositivos já usam
tecnologia de toque, enquanto poucos dispositivos
comerciais têm leitores de retina ou de impressão
digital (Atrix da Motorola, uma exceção, inclui um
sensor de impressão digital). Um dispositivo que
utilizasse a impressão vocal (veja "Protegendo Sua Voz")
para identificar seu usuário, por sua vez, exigiria
que o proprietário falasse em voz alta.
O toque não é apenas discreto e específico, diz
Gruteser, é algo que as pessoas já fazem. "A chave
para descobrir quem está usando um dispositivo é
entender quem está tocando na tela e é isso que a
nossa tecnologia pode fazer", acrescenta.
Claro, agora você tem que se lembrar de mais uma
coisa pela manhã - de vestir seu anel (ou qualquer
outra forma o token tomar). E, segundo, qualquer
um que estiver com o seu anel poderia usá-lo para
ganhar acesso ao dispositivo e suas configurações
até que você redefina o código pelo qual o aparelho
está procurando.
Atualmente, apenas alguns bits de dados por segundo
podem ser transmitidos de forma rápida e precisa
através do tal anel. O equivalente a um código PIN
leva cerca de dois segundos para que o anel transmitir,
mas Gruteser espera acelerar isso por um fator de
10, modificando o firmware das telas táteis de smartphones.
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