domingo, 9 de setembro de 2012


EUA NO IÊMEN

Quanto mais aviões-robô, 

mais ataques jihadistas

Além de ofender a população, uso de aviões-robô pelos EUA pode estar

 estimulando ataques extremistas


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“As pessoas estão com medo de irem a casamentos porque temem que qualquer
 grupo de homens será atacado por umavião-robô”, afirma um sheik do distrito
 de Bayhan em Shabwa, um porto seguro para a al-Qaeda que fica a sudoeste da
 capital do Iêmen, Sana. Ele afirma que vê ou ouve cerca de um avião-robô
 sobrevoar a sua casa a cada semana. Após um farto almoço, apoiados em 
almofadas enquanto ele e seus amigos mastigam a querida qat iemenita, 
uma folha que tem um efeito estimulante suave, todos resmungam a 
respeito de aviões-robô.
Caso esses membros de tribos sejam representativos, o uso americano cada
 vez mais frequente de aviões-robô está longe de conquistar os corações e
 mentes iemenitas na luta contra o jihadismo.
“Nós nos perguntamos por que esses aviões estrangeiros têm o direito de
 vir aqui e nos matar, ainda que algumas das pessoas mortas não façam parte
 da Al-Qaeda”, afirma um amigo do sheikh, um contrabandista. “A outra
 coisa é que as pessoas acham que os aviões-robô estão tirando fotos e
 espionando suas vidas. Por causa disso, nós já estamos fartos dos EUA”.
 Todos os homens sentados em almofadas estão convencidos de que os
 aviões-robô fotografam suas esposas, um insulto seríssimo neste país
conservador.
Ao longo do ano passado, os americanos aumentaram o ritmo de ataque
s feitos por aeronaves não tripuladas contra suspeitos da Al-Qaeda
. O presidente do país, Abd Rabbo Mansour Hadi, apoia o programa.
 Ninguém tem um número definitivo, mas fontes não oficiais afirmam que
 pelo menos 28 ataques aéreos contra alvos tidos como ligados a Al-Qaeda
 foram efetuados neste ano.
Ainda assim, apesar da execução de vários líderes da Al-Qaeda por veículos
 não tripulados, os ataques jihadistas aumentaram. No mês passado um homem 
bomba matou pelo menos 40 pessoas em um funeral em Jaar, uma cidade na
 província de Abyan, ao sul do país, que havia sido mantida sob o domínio
 da Al-Qaeda por vários meses no verão de 2012 até ser reconquistada pelas
 forças do governo em junho.  Apesar de o funeral ter contado com a presença
 de um líder tribal que se opõe à Al-Qaeda, tratou-se do primeiro ataque
 voltado contra civis ao invés de membros das forças armadas do Iêmen.
fonte OPINIÃO&NOTICIA

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