FÍSICA
Nobel da Física ganha
um rival à altura
Prêmio Milner agraciará jovens e promissores talentos da física
por contribuições relevantes que ainda não foram experimentadas
No fim dos anos 1980, enquanto se dedicava a uma tese de
doutorado na
extraordinariamente complicada matemática da
cromodinâmica quântica
(uma teoria da física das partículas) Yurim Milner
decidiu que não era
inteligente o bastante para orgulhar os seus tutores –
receptores de
prêmios Nobel – no Instituto Lebedev em Moscou.
Quase três décadas
e um bilhão de dólares depois, o empreendedor da
internet russo,
um dos primeiros investidores do Facebook, quer
honrar aqueles que o são.
Em 31 de julho, Milner, que não é bobo, anunciou que
premiará com
US$ 3 milhões todos os anos aos pensadores mais
influentes da física
fundamental. Para fazer com que as coisas
caminhem rápido, ele
desembolsou US$ 27 milhões para nove prêmios
e escolheu os
premiados inaugurais após se aconselhar com um
grupo de especialistas.
Em fevereiro ou março, os nove nomearão o vencedor –
ou vencedores –
do ano seguinte, uma vez que o prêmio pode ser dividido por qualquer
número de pessoas. (Um prêmio de US$ 100 mil também será
concedido a um pesquisador jovem e promissor). Isso o distingue
do Nobel, que não pode ser concedido a mais de três pessoas, o que
costuma gerar controvérsias.
O prêmio Milner, como sem dúvida será conhecido, é mais generoso,
também. Em junho, o fundação Nobel cortou o valor de seu prêmio
de US$ 1,4 milhão para US$ 1,1 milhão, citando a crise econômica.
Os agraciados recebem o prêmio por contribuições relevantes que
ainda não foram experimentalmente verificadas, uma estratégia
evitada pelo comitê do Nobel. Se esses casos se revelarem elegantes
mas incorretos, que assim seja. O princípio, explica Milner, é fornecer
aos melhores cérebros do mundo a liberdade financeira para se
empenharem em ideias fundamentais aonde quer que essas levem os
pesquisadores. Ademais, isso pode ter a vantagem adicional de manter
alguns físicos distantes de Wall Street.
Fontes: The Economist-Back to basics OPINIÃ&NOTICIA
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