quarta-feira, 8 de agosto de 2012


FÍSICA

Nobel da Física ganha

 um rival à altura

Prêmio Milner agraciará jovens e promissores talentos da física

 por contribuições relevantes que ainda não foram experimentadas


No fim dos anos 1980, enquanto se dedicava a uma tese de 
doutorado na 
extraordinariamente complicada matemática da
 cromodinâmica quântica
 (uma teoria da física das partículas) Yurim Milner
 decidiu que não era 
inteligente o bastante para orgulhar os seus tutores – 
receptores de
 prêmios Nobel – no Instituto Lebedev em Moscou. 
Quase três décadas
 e um bilhão de dólares depois, o empreendedor da
 internet russo, 
um dos primeiros investidores do Facebook, quer
 honrar aqueles que o são.
Em 31 de julho, Milner, que não é bobo, anunciou que
 premiará com 
US$ 3 milhões todos os anos aos pensadores mais
 influentes da física 
fundamental. Para fazer com que as coisas
 caminhem rápido, ele 
desembolsou US$ 27 milhões para nove prêmios
 e escolheu os
 premiados inaugurais após se aconselhar com um
 grupo de especialistas.
Em fevereiro ou março, os nove nomearão o vencedor – 
ou vencedores – 
do ano seguinte, uma vez que o prêmio pode ser dividido por qualquer 
número de pessoas. (Um prêmio de US$ 100 mil também será
 concedido a um pesquisador jovem e promissor). Isso o distingue
 do Nobel, que não pode ser concedido a mais de três pessoas, o que 
costuma gerar controvérsias.
O prêmio Milner, como sem dúvida será conhecido, é mais generoso,
 também. Em junho, o fundação Nobel cortou o valor de seu prêmio
 de US$ 1,4 milhão para US$ 1,1 milhão, citando a crise econômica.
Os agraciados recebem o prêmio por contribuições relevantes que
 ainda não foram experimentalmente verificadas, uma estratégia
evitada pelo comitê do Nobel. Se esses casos se revelarem elegantes
 mas incorretos, que assim seja. O princípio, explica Milner, é fornecer 
aos melhores cérebros do mundo a liberdade financeira para se 
empenharem em ideias fundamentais aonde quer que essas levem os
 pesquisadores. Ademais, isso pode ter a vantagem adicional de manter 
alguns físicos distantes de Wall Street.
Fontes: The Economist-Back to basics OPINIÃ&NOTICIA

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