quinta-feira, 21 de junho de 2012

TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO


Reajustes contratuais, compensações ambientais e desapropriações foram as
 principais causas do aumento do custo da obra de transposição do Rio São
 Francisco, que passou de uma estimativa de R$ 4,8 bilhões em 2007 para
 R$ 8,2 bilhões atualmente. O ministro da Integração Nacional, Fernando
 Bezerra, deu explicações hoje (22) na Comissão de Fiscalização Financeira 
e Controle da Câmara dos Deputados sobre o aumento nos valores da obra.
22/05/2012


Segundo ele, os reajustes contratuais significaram aumento de 30% entre 2007 e
 2012, fruto dos indicadores previstos nos contratos. Os custos de compensações
 ambientais, que tinham estimativa de R$ 400 milhões no início da obra, passaram 
para cerca de R$ 1 bilhão, de acordo com Bezerra. E a previsão de gastos com
 desapropriações, que era R$ 40 milhões, vai chegar a R$ 100 milhões. Cerca de
 1,8 mil desapropriações já foram realizadas para a obra.
Quando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi lançado, em 2007, 
o custo total da obra de transposição do Rio São Francisco estava estimado em
 R$ 4,8 bilhões e a previsão era de que o Eixo Leste fosse concluído até junho de
 2010 e o Eixo Norte, em dezembro de 2012. No ano passado, o custo da obra
 foi reestimado para 6,9 bilhões e, atualmente, o valor passou para R$ 8,2 bilhões,
 com a previsão de conclusão, segundo o ministro, para dezembro de 2014 do Eixo
 Leste e para segundo semestre de 2015 do Eixo Norte.
De acordo com o ministro, o primeiro edital de saldo remanescente para a conclusão
 da obra será lançado em junho, e o processo de licitação deve estar concluído até
 dezembro. A expectativa é que, no final do ano, a obra esteja sendo realizada com 
sua capacidade máxima. Os 16 lotes atuais serão transformados em seis frentes de
 trabalho, o que, segundo Bezerra, vai dar mais agilidade à obra
O Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste
 Setentrional tem como objetivo assegurar a oferta de água a cerca de 12 milhões de
 habitantes de 390 municípios do agreste e do sertão dos estados de Pernambuco,
 do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
A obra está dividida em duas partes. O Eixo Leste, com 220 quilômetros (km), prevê
 a construção de canal, estações de bombeamento, reservatórios, túneis e aquedutos
 entre os municípios de Monteiro e Floresta, ambos na Paraíba. No Eixo Norte, que
 tem 402 km, o trabalho será realizado entre as cidades de São José de Piranhas (PB)
 e Cabrobó (PE).
Bezerra destacou a importância da obra pra a região, especialmente neste momento
em que o Nordeste enfrenta uma das mais severas estiagens dos últimos anos. Segundo
ele, cerca de 30 obras estão sendo realizadas para a distribuição de água no Semiárido
 nordestino. Segundo ele, o governo já alocou cerca de R$ 25 bilhões em obras de
 infraestrutura hídrica dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 
Essa é uma decisão da presidenta Dilma, de universalizar o acesso à água em todo
 o país, especialmente no Semiárido nordestino”.
Fonte: Agência Bras

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