segunda-feira, 18 de junho de 2012

MEIO AMBIENTE RIO DE JANEIRO BRAZIL


Rio+20: Oceanos e programa de

 proteção ambiental devem ser 

destaques em documento

Negociadores confiam que o documento final será mais bem recebido

 pela sociedade civil, que reagiu com críticas ao texto preliminar...



RIO DE JANEIRO - O comando do Brasil nas negociações para a conclusão do
 documento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
 Sustentável, a Rio+20, vai concentrar as atenções no fortalecimento do
 Programa das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (Pnuma) e na proteção
 dos oceanos. Ressaltando esses dois aspectos, os negociadores confiam que
 o documento final será mais bem recebido pela sociedade civil, que reagiu
 com críticas ao texto preliminar.
Nos bastidores do Riocentro porém, onde ocorrem as reuniões, as 
divergências persistem. A falta de consenso sobre a criação de um organismo 
autônomo de meio ambiente levou os negociadores à opção pelo Pnuma. 
A resistência vem dos representantes dos países desenvolvidos em se
 comprometer com a alocação de mais recursos e a falta de convergência 
sobre a estrutura da futura instituição.
Para driblar a ausência de consenso, os negociadores optaram ontem (17) 
por uma solução menos incisiva, que é incluir o assunto no capítulo sobre 
governança global e descrever o tema de forma geral, esclarecendo suas 
atribuições e meios de executar as ações que lhe serão submetidas.
O secretário executivo da  Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo 
Machado, disse que o debate sobre o Pnuma foi o que mais avançou nas 
negociações desde a noite de anteontem (16), quando o governo brasileiro
 concluiu a primeira versão preliminar do texto da Rio+20.
Na tentativa de amenizar o texto, apontado como pouco ambicioso, segundo
 ambientalistas, Figueiredo Machado disse que o formato permitirá avanços
e detalhamentos futuros.
“Se não está fechado, o texto está praticamente concluído. [O documento] 
fala sobre como queremos fortalecer coletivamente o Pnuma e há descrição 
das funções e meios de implementar. Com isso, estamos coletivamente dando 
um sinal claro de que o programa não sairá da conferência como entrou”,
 disse o diplomata.
O item relativo aos oceanos também ganhará destaque no documento final. 
Mesmo com os Estados Unidos se opondo a quaisquer medidas de regulação 
em águas internacionais, alegando questões de segurança interna, os 
negociadores brasileiros estão confiantes nos avanços dos acordos. Porém,
 os norte-americanos temem que eventuais medidas de regulação venham 
provocar reações estrangeiras a seus submarinos dispostos em regiões 
estratégicas de alto-mar.
 “Temos como fazer linguagem mais aceitável que leve ao mesmo resultado.
 Não me preocupa a divergência porque a busca de linguagem continua, 
ela vai ser encontrada e levará ao mesmo tipo de resultado”, disse o embaixador.
Nas últimas 48 horas, a palavra de ordem é acelerar as negociações para
 buscar um acordo sobre as questões divergentes antes da reunião de cúpula,
 de 20 a 22, quando são esperados 115 chefes de Estado e Governo na Rio+20

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