segunda-feira, 18 de junho de 2012

AO SAUDOSO E GRANDE BRASILEIRO VICENTE LEPORACE NOSSAS ETERNAS LEMBRANÇAS


Saudades...
Vicente Leporace faleceu no dia 16 de abril de 1978, de edema pulmonar, aos 66 anos, 
em São Paulo.

BREVE HISTÓRICO:
Nasceu na cidade de São Tomas de Aquino, no interior de Minas Gerais, no dia
 26 de janeiro de 1912. Ainda pequeno se mudou com a família para a cidade de
 Franca, no interior paulista.

Participou da Revolução Constitucionalista de 1932.
Começou sua carreira artística em 1941, na Rádio Clube Hertz de Franca. Depois
 passou pelas Rádios Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro; Cruzeiro do Sul (SP); Record 
(SP) e Bandeirantes (SP), onde permaneceu por décadas.
Também foi ator. Estreou no cinema em 1949 no filme "Luar do Sertão" e participou
 de muitos outros, como: "Sai da Frente (1952) e "Carnaval em Lá Maior" (1955).
Após essa passagem pelo cinema, resolveu dedicar-se somente ao Rádio. Seu famoso 
programa era o tradicional "O Trabuco", que foi ao ar pela primeira vez em 1951, 
permanecendo por quase 30 anos, sempre comentando os fatos políticos do dia.
Foi também apresentador do programa “Gincana Kibon”, ao lado de Clarice Amaral, 
na TV Record (anos 60). Programa que divulgava apresentações de crianças que 
freqüentavam escolinhas de Ballet, Conservatórios, etc. Não podemos esquecer que 
o “Gincana Kibon” sempre sorteava um aniversariante para comemorar a data com
 bolo gelado da Kibon, durante o programa que era sempre apresentado "ao vivo" e 
tinha boa audiência na época.
Leporace também mantinha coluna em diversos jornais de São Paulo.




O Trabuco – um século de Vicente Leporace



 
O Trabuco, Vicente Leporace

   No dia 26 de janeiro de 1912, nasceu em São Tomás de Aquino, no interior de Minas Gerais, o “Trabuco” Vicente Leporace. Sessenta e seis anos depois o povo brasileiro perdia a voz que gritava pela causa popular nos microfones da Rádio Bandeirantes, Leporace faleceu em São Paulo no dia 16 de abril de 1978. Foi locutor, programador, discotecário, ator e apresentador de TV.
   Ainda na infância mudou com a família para a cidade de Franca no interior paulista. Já na adolescência participou da Revolução de 1932. Começou sua carreira artística em 1941, na rádio Clube Hertz de Franca, a convite de Blota Júnior. Passou pelas rádio Atlântica de Santos; Rádios Mayrink Veiga (RJ); Cruzeiro do Sul (SP); Record (SP) e Bandeirantes (SP).
   Na Rádio Record - PRB-9, de São Paulo, lançou em 1º de abril de 1951, o programa jornalístico "Jornal da Manhã", ele redigia e apresentava o programa. 
   Na TV Record - canal 7, nos anos 50, apresentou o programa "Gincana Kibon", junto com Clarice Amaral. O programa apresentado ao vivo divulgava apresentações de crianças que frequentavam escolinhas de Ballet, Conservatórios, etc. Em cada edição do programa era sorteado um aniversariante para comemorar a data com bolo gelado da Kibon.
   Também foi ator. Estreou no cinema em 1947 no filme "Luar do Sertão" e participou de muitos outros, como: “A Vida é uma Gargalhada (1950), "Sai da Frente” (1952), “É Proibido Beijar” (1954), "Carnaval em Lá Maior" (1955), "O gigante, a hora e a vez do cinegrafista" (1971).
   Em 1969 na TV Bandeirantes (Band), canal 13 de São Paulo, apresentou o jornal Titulares da Notícia, ao lado de Maurício Loureiro Gama, José Paulo de Andrade, Murilo Antunes Alves, Lourdes Rocha e outros. 

O Trabuco

   Em 1962 Vicente Leporace passou a integrar a equipe de radiojornalismo da Rádio Bandeirantes - PRH-9 de São Paulo, onde estreou o programa "O Trabuco", levado ao ar das 8h às 9h da manhã, no qual comentava as noticias publicada nos jornais do dia, com uma dose de irônia e inteligência. Suas críticas irônicas, acabarm lhe renderam processos em quase todas as intâncias da justiça.
   Nos anos 60, durante o regime militar teve dezena de seus programas requisitados pela sensura da época. Um desses programas foi ao ar em 31 de agosto de 1968, por não constar nos registro da época qual foi a critica que levou o programa ser requisitado, subtende-se que, por Leporace criticar todas as áreas do governo e governantes, o conjunto que compõe o programa levou a requisição.
Acompanhe a abertura do programa, de 31 de agosto de 1968, em que Vicente Leporace fazia comentários gerais. O som sofre algumas oscilações, em função do programa ter sido transmitido ao vivo direto da casa do radialista, na Zona Norte de São Paulo, de onde Leporace muitas vezes fazia suas transmissões.
   “O Trabuco” tornou-se um símbolo da defesa dos oprimidos. Criticava acontecimentos  políticos e sociais, todos temiam e respeitavam, o que dizia Leporace. O programa permaneceu por dezesseis anos no ar, até sabádo, 15 de abril de 1978, quando Leporace se despediu dos ouvintes prometendo voltar na segunda-feira, mas foi vitimado por um ataque cardiaco e faleceu no dia seguinte.
   No ultimo programa, logo na abertura, em uma especie de sentimento premonitório Leporace falou de hipertensão e de infarto do miocárdio e da possibilidades de alguns políticos infaratarem na segunda-feira seguinte com o anuncio de quem seriam os próximos governadores, mas quem foi vitimado por um ataque cardiaco fuminante foi o Leporace. 
 Abertura e trecho  da ultima edição de “O Trabuco”, levado ao ar em 15 de abril de 1978.
   Para ocupara o espaço deixado por Leporace na programação da Rádio Bandeirante, em 18 de abril de 1978, foi levado ao ar um programa criado as preças, o  “Jornal Gente”.
   Nessa época outro nome fazia sucesso na Rádio Bandeirante, o locutor esportivo, Fiori de Gigliotti.  Antecedendo as transmissões esportivas, com um jeito bem próprio em seu Cantinho da Saudade, Fiori recordava a trajetória de antigos ídolos, que depois de conhecerem a glória ficaram pobres e esquecidos.  No primeiro Cantinho da Saudade, após retornar da Inglaterra, ainda em abril de 1978, Fiori prestou homenagem a Vicente Leporace, que havia falecido uma semana antes.
Cantinho da Saudade – Homenagem de Fiori de Gigliotti à Vicente Leporace (Abril de 1978)

Nenhum comentário:

Postar um comentário