terça-feira, 22 de maio de 2012

PREFEITO DE RIO LARGO ALAGOAS É PRESO CONJUNTAMENTE COM SEIS VEREADORES


O prefeito de Rio Largo (24 km de Maceió), Antônio Lins de Souza 
Filho (PSB), se entregou à Justiça na tarde desta terça-feira (22), 
após a Justiça de Alagoas decretar sua prisão.
Lins é acusado pelo Ministério Público do Estado de fraudar a
 venda de um terreno a uma empresa. Todos os dez vereadores
 de Rio Largo também tiveram prisão decretada, por terem 
aprovado a transação na Câmara. Sete foram presos na última
 quinta (17).
O advogado do prefeito, José Fragoso, afirmou que ele se 
apresentou na sede do Tribunal de Justiça, em Maceió, por 
volta das 16 horas, e que deve passar a noite na Academia
 de Polícia Militar.
O defensor disse que, até quinta-feira (24), entrará com pedido 
de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça.
LICENÇA
Marcelo Brabo, advogado do prefeito na esfera eleitoral, afirmou 
que Lins vai continuar no cargo.
Segundo ele, a Lei Orgânica do Município permite ao prefeito se
 ausentar por até 15 dias. "Se passar desse prazo, vamos estudar
 o que fazer, tirar uma licença."
No caso dos vereadores, Brabo disse que a legislação municipal 
possibilita que eles tirem licença por até 120 dias, sem precisar
 acionar seus suplentes. Nesse período, a Câmara não terá
 sessões, a menos que a Justiça ordene que os suplentes tomem
 posse.
Segundo Brabo, dos sete vereadores presos na última semana,
 seis continuam na prisão. Um deles foi solto por ter colaborado 
com a Justiça, de acordo com a Promotoria.
Outros três vereadores da cidade continuam foragidos.
ENTENDA O CASO
A Prefeitura de Rio Largo desapropriou em 2010 uma área de 252
 hectares da empresa S/A Leão Irmão Açúcar e Álcool, por R$ 700 mil.
Em seguida, solicitou à Câmara aprovação para vender o terreno
 a "empresas que estivessem dispostas a realizar programas e
 ações habitacionais de interesse social".
Segundo o Ministério Público, porém, a área foi vendida sem licitação 
à MSL Empreendimentos Imobiliários pelo mesmo valor da 
desapropriação (R$ 700 mil) --quando, na verdade, valia cerca 
de R$ 22 milhões-- e foi loteada para a construção de condomínios.
O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Eduardo Tavares, afirma
 que houve um acerto entre o prefeito, os vereadores, os antigos 
donos do terreno --que concordaram com o valor baixo da
 desapropriação-- e a empresa que comprou a área. "Cada
 um levaria uma parte."
O prefeito Toninho Lins é acusado de apropriação de bens e
 renda pública em proveito próprio, venda de bem público em
 desacordo com a lei, falsidade ideológica, dispensa ilegal de licitação
 e formação de quadrilha.

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