Corrupção na política: eleitor vítima ou cúmplice?
O IBOPE liberou uma pesquisa polêmica acerca da opinião do eleitor brasileiro
sobre corrupção é ética. As conclusões, antecipo, revelam algo alarmante: todo
povo tem os governantes que merece. Temos, nos representando no Congresso
Nacional e nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores
representantes legítimos do povo brasileiro. Apesar de ter sido publicada
em 2006, não foi suficientemente debatida ou comentada.
A pesquisa foi feita para tentar entender se os problemas éticos
enfrentados pela sociedade brasileira são realmente concentrados nas
elites detentoras do poder ou se existe uma conduta que se propaga em
todas camadas da sociedade.
Os resultados mostraram que 69% dos eleitores brasileiros já
transgrediram alguma lei ou ou descumpriram alguma regra contratual
de forma consciente e intencional para adquirir ganhos materiais, sendo
que 75% afirmaram que cometeriam algum dos 13 atos de corrupção
avaliados pelo estudo se tivessem oportunidade. Ainda, 99% dos
entrevistados disseram que conhecem alguém que já realizou algum
dos atos mencionados a seguir:
1. Quando tem oportunidade, tenta dar uma "caixinha" ou "gorjeta" para
se livrar de uma multa
2. Sonega impostos
3. Recebe benefícios do governo, sabendo que não tem direito a eles
4. Adquire documentos falsos ou falsifica documentos para obter algum tipo
de vantagem (exemplo: identidade, carteira de motorista, carteirinha de
estudante, diploma etc)
5. Quando tem uma oportunidade, pede mais de um recibo por um mesmo
procedimento médico para obter mais reembolso do plano de saúde
6. Compra produtos que copiam os originais de marcas famosas sabendo
que são piratas ou falsificados
7. Quando tem uma oportunidade, faz ligação clandestina ou "gato" de TV
a cabo, ou seja, aproveita a instalação do vizinho
8. Quando tem uma oportunidade, faz ligação clandestina ou "gato" de água ou luz
9. Se tem chance, pega ou consome produtos em padarias, supermercados ou
outros estabelecimentos comerciais sem pagar
10. Apresenta atestados médicos falsos no trabalho ou na escola
11. Se tem seguro de carro ou de qualquer outro tipo, quando tem uma
oportunidade, frauda o seguro
12. Compra algo sabendo que é roubado
13. Falsifica atestado de saúde ou apresenta atestado de saúde falsificado
para conseguir aposentadoria precoce (...)
O IBOPE liberou uma pesquisa polêmica acerca da opinião do eleitor brasileiro
sobre corrupção é ética. As conclusões, antecipo, revelam algo alarmante:
todo povo tem os governantes que merece. Temos, nos representando no
Congresso Nacional e nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras de
Vereadores representantes legítimos do povo brasileiro. Apesar de ter sido
publicada em 2006, não foi suficientemente debatida ou comentada.
A pesquisa foi feita para tentar entender se os problemas éticos enfrentados
pela sociedade brasileira são realmente concentrados nas elites detentoras
do poder ou se existe uma conduta que se propaga em todas camadas
da sociedade.
Os resultados mostraram que 69% dos eleitores brasileiros já transgrediram
alguma lei ou ou descumpriram alguma regra contratual de forma consciente
e intencional para adquirir ganhos materiais, sendo que 75% afirmaram que
cometeriam algum dos 13 atos de corrupção avaliados pelo estudo se
tivessem oportunidade. Ainda, 99% dos entrevistados disseram que conhecem
alguém que já realizou algum dos atos mencionados a seguir:
1. Quando tem oportunidade, tenta dar uma "caixinha" ou "gorjeta" para
se livrar de uma multa
2. Sonega impostos
3. Recebe benefícios do governo, sabendo que não tem direito a eles
4. Adquire documentos falsos ou falsifica documentos para obter algum tipo
de vantagem (exemplo: identidade, carteira de motorista, carteirinha de
estudante, diploma etc)
5. Quando tem uma oportunidade, pede mais de um recibo por um mesmo
procedimento médico para obter mais reembolso do plano de saúde
6. Compra produtos que copiam os originais de marcas famosas sabendo
que são piratas ou falsificados
7. Quando tem uma oportunidade, faz ligação clandestina ou "gato" de TV a
cabo, ou seja, aproveita a instalação do vizinho
8. Quando tem uma oportunidade, faz ligação clandestina ou "gato" de água
ou luz
9. Se tem chance, pega ou consome produtos em padarias, supermercados ou
outros estabelecimentos comerciais sem pagar
10. Apresenta atestados médicos falsos no trabalho ou na escola
11. Se tem seguro de carro ou de qualquer outro tipo, quando tem uma
oportunidade, frauda o seguro
12. Compra algo sabendo que é roubado
13. Falsifica atestado de saúde ou apresenta atestado de saúde falsificado
para conseguir aposentadoria precoce
A segunda parte da pesquisa verificou que a maioria dos eleitores brasileiros
tolera algum tipo de corrupção de seus governantes e afirmou que ele mesmo,
na posição do eleito exerceria algum tipo de corrupção. Os atos avaliados
foram os seguintes:
1. Escolher familiares ou pessoas conhecidas para cargos de confiança
2. Mudar de partido em troca de dinheiro ou cargo/emprego para familiares
/pessoas conhecidas
3. Contratar, sem licitação, empresas de familiares para prestação de serviços
públicos
4. Pagar despesas pessoais não autorizadas (como compras no cartão de crédito
ou combustível) com dinheiro público
5. Aproveitar viagens oficiais para lazer próprio e de familiares
6. Desviar recursos das áreas de saúde e educação para utilizar em outras
áreas
7. Aceitar gratificações ou comissões para escolher uma empresa que prestará
serviços ou venderá produtos ao governo
8. Usar "caixa 2" em campanhas eleitorais
9. Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para a campanha eleitoral
do político
10. Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para o patrimônio
pessoal/familiar do político
11. Deputado ou Senador receber dinheiro de empresas privadas para fazer
e/ou aprovar leis que as beneficiem
12. O político contratar "funcionários fantasmas", ou seja, pessoas que recebem
salários do poder público sem trabalhar e ele ficar com esse dinheiro
13. Trocar o voto a favor do governo por um cargo para familiar ou amigo
Pela pesquisa, 59% dos entrevistados aceitaria a escolha de familiares ou
pessoas conhecidas para cargos de confiança e 43% admitem que se
aproveite viagens oficiais para lazer próprio e de familiares.
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