m grupo de 15 turistas brasileiros foi barrado no aeroporto de Barajas,
em Madri, no último domingo (22) e diz ter sido maltratado e deportado
mesmo atendendo às exigências da Espanha para visitar o país.
Médico espanhol é barrado no Brasil por não cumprir exigências
Começam novas exigências para espanhóis que visitam o Brasil
Começam novas exigências para espanhóis que visitam o Brasil
Os brasileiros --que chegaram de volta a Salvador (BA) às 20h
desta terça-feira-- haviam viajado na noite de sábado (21), no
voo UX0084, da companhia Air Europa, que oferece voo direto
entre a capital baiana e Madri.
Entre os deportados estavam a professora Gilmara Nunes Duarte
de Carvalho, 30, sua mãe Joseísa, 52, e sua filha Luana Isabel, 6.
As três viajaram para participar do batizado de um sobrinho de
Gilmara.
A professora disse que tem três irmãs casadas com espanhóis e
que vivem legalmente no país.
Mesmo depois de apresentarem uma carta-convite, dinheiro
e passagens de volta, os funcionários da migração espanhola
disseram que não poderiam entrar, porque a carta-convite não
tinha um carimbo da polícia da cidade onde elas ficariam hospedadas.
Depois disso, Gilmara disse que avisou um cunhado espanhol. Ele
contratou um advogado, foi até a polícia para carimbar a
carta-convite e enviou o documento às autoridades via fax,
segundo ela. Mesmo assim, as três foram deportadas.
"Eu me senti como uma refém. Foram extremamente grosseiros
o tempo todo", disse Gilmara.
Joseísa, que é diabética, contou que seus medicamentos foram
confiscados e que precisou ser socorrida depois de passar mal.
Mesmo após um médico constatar que ela precisava de medicação,
os remédios não foram devolvidos, segundo a brasileira. Ela disse
que teve de procurar os agentes migratórios para pedir doses
individuais enquanto permaneceu em Barajas.
Já a professora aposentada Fernanda Mendes, 51, disse que
chegou à Espanha com 900 euros e cartão de crédito internacional
para passar as férias na casa de uma amiga de infância.
Ela afirma que foi deportada mesmo depois de a amiga enviar
uma carta-convite por fax às autoridades.
"Somos tratados como animais. Os espanhóis vêm para cá e
não são maltratados como nós somos na Espanha. A presidente
Dilma precisa tomar uma providência", disse a professora ao
desembarcar em Salvador.
O Itamaraty informou que, desde domingo, 15 brasileiros foram
mandados de volta da Espanha. O número está dentro da média:
no ano passado, até agosto, foram quatro por dia; em 2010, 4,6 por dia.
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