sábado, 26 de maio de 2012

Américas: um novo centro mundial do petróleo?


Os avanços tecnológicos aliados a uma busca pela próxima grande descoberta
 estão transformando vários países das Américas em grandes produtores
 ou candidatos a potências energéticas. A mais recente novidade é uma
 potencial imensa reserva na Patagônia argentina. Centenas de poços estão 
sendo perfurados.
Este cenário está mudando a dinâmica da geopolítica da energia de uma 
forma inesperada há apenas alguns anos. Do Canadá a Colômbia, passando 
por Brasil e Argentina, a produção de petróleo e gás no hemisfério ocidental 
está crescendo, com os EUA se tornando menos dependentes do fornecimento 
de um instável Oriente Médio.

Mudança geopolítica

Os EUA são fundamentais para esta nova dinâmica energética: o país agora 
está produzindo 1,7 milhão de barris de petróleo e combustível líquido por 
dia a mais do que em 2005.
“Há uma nova mudança geopolítica, e os países que nunca forneceram 
petróleo e gás agora podem fazê-lo. Para os EUA, há um vislumbre da 
possibilidade de autossuficiência”, diz Ruben Etcheverry, executivo-chefe
 da empresa de energia estatal GyP-NQN (Gás e Petróleo do Neuquén,
 na Patagônia argentina).
O petróleo produzido nos países do Golfo Pérsico continuará sendo 
vital para o cenário energético mundial, mas o que era aparentemente
 inalterável — que os EUA continuariam fortemente dependentes do
 Oriente Médio — está sofrendo uma reviravolta.

Choques de preços

Desde 2006, Canadá, Brasil e Colômbia aumentaram suas exportações 
para os EUA em 700 mil barris por dia, e agora fornecem cerca de 
3,4 milhões de barris diários.
Analistas dizem que, como o petróleo é uma commodity amplamente
 comercializada, o aumento da produção nas Américas não significa
 que os EUA ficariam imunes a choques de preços. Entretanto, 
estas novas dinâmicas em termos de energia significam mais segurança,
 mesmo se o petróleo proveniente de um importante fornecedor 
do Golfo Pérsico fosse temporariamente suspenso.
Grande parte da exploração, no entanto, não será fácil, barata ou livre de 
armadilhas políticas.

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