Sua história começa por volta da metade do século XVI, quando viajantes
portugueses pousavam em suas terras nas longas caminhadas rumo a Goiás,
através da Picada de Goiás, ou Caminho de Goiás. Do pequeno povoado
surgiu a cidade, que na época do Império do Brasil tinha muita importância
política e hegemonia regional.
Há relatos que um surto de doenças na região de Mariana tenha provocado
um grande deslocamento de pessoas para a cidade também. O arraial de
Oliveira pertencia à Vila de São José do Rio das Mortes, a atua
l Tiradentes (Minas Gerais) e já possuía uma capela em 1758.
e elevada à condição de Vila, em 16 de março de 1839 pela lei provincial
nº 134. Foi elevada à categoria de cidade em 19 de setembro de 1861.
Diferentemente de suas circunvizinhas, como Ouro Preto e São João Del Rei,
seu aparecimento não se deu pela procura de ouro e dCIiamante,
e sim pelo desenvolvimento da pecuária e agricultura, iniciada pelos
primeiros bandeirantes que começaram a se deslocar deSão Paulo para
o interior de Minas Gerais.
O grande perigo na região da Oliveira, mais precisamente na região
de Candeias e Campo Belo, que antigamente fazia parte do quadro
municipal, na Picada de Goías, eram os quilombos e quanto
a violência praticada pelos quilombos e quilombolas, Luiz Gonzaga da Fonseca,
no seu livro "História
de Oliveira", na página 37, descreve o caos provocado no Caminho de Goiás,
a Picada de Goiás, pelo quilombolas do Quilombo do Ambrósio,
o principal quilombo de Minas Gerais:
"Não há dúvida que esta invasão negra fora provocada por aquele escandalosa transitar pela picada, e que pegou a dar
na vista demais. Goiás era uma Canaã. Voltavam ricos os
que tinham ido pobres. Iam e viam mares de aventureiros.
Passavam boiadas e tropas. Seguiam comboios de escravos.
Cargueiros intérminos, carregados de mercadorias, bugigangas,
miçangas, tapeçarias e sal. Diante disso, negros foragidos de
senzalas e de comboios em marcha, u
nidos a prófugos da justiça e mesmo a remanescentes dos extintos
cataguás, foram se homiziando em certos pontos da estrada
("Caminho de Goiás" ou "Picada de Goiás").
Essas quadrilhas perigosas, sucursais dos quilombolas
do Rio das Mortes, assaltavam transeuntes e os deixavam
mortos no fundo dos boqueirões e perambeiras, depois de
pilhar o que conduziam. Roubavam tudo. Boiadas. Tropas.
Dinheiro. Cargueiros de mercadorias vindos da Corte (Rio de Janeiro)
. E até os próprios comboios de escravos, matando os comboeiros
e libertando os negros trelados. E com isto, era mais uma súcia
de bandidos a engrossar a quadrilha. Em terras oliveirenses
açoitava-se grande parte dessa nação de “caiambolas organizados”
nas matas do Rio Grande e Rio das Mortes, de que já falamos.
E do combate a essa praga é que vai surgir a colonização do território
(de Oliveira (Minas Gerais) e região). Entre os mais perigosos bandos
do Campo Grande, figuravam o quilombo do negro Ambrósio
e o negro Canalho.[9]"
Do início do povoado até a sua elevação a categoria de cidade,
o município sempre se destacou como um ponto estratégico de troca
de mercadorias e giro de dinheiro por partes dos viajantes que por
ali passavam, o que fez com que em pouco tempo o lugar tivesse
rápido crescimento. Com o fim da escravidão no Brasil e o incentivo
do governo para a imigração, vieram para a cidade muitos colono
s sírio-libaneses, que mais tarde dominaram o comércio. Além desse
s a cidade tem uma forte influência portuguesa, principalmente
na arquitetura, e italiana.
Existem duas versões quanto à origem do nome do Arraial de Oliveira. Há relatos que os primitivos habitantes da região encontraram naquelas paragens, na época do desbravamento do oeste, algumas árvores frutíferas produtoras da azeitona, levando-os a denominar o local de "Oliveiras", nome que, posteriormente, acabou simplificado para Oliveira. Porém, existiu também na distante segunda metade do século XVIII, uma bondosa senhora de origem portuguesa, chamada de Dona Maria de Oliveira, que morava, na época da passagem das primeiras levas de desbravadores, rumo a Goiás, numa casa situada no local onde hoje se impõe a montesa cidade de Oliveira. Assim esta teria dado nome ao lugar. A cidade ficou mundialmente conhecida a partir do início do século XX por ser a terra natal do grande cientista Carlos Chagas, que nasceu na Fazenda Bom Retiro, próxima a Oliveira, e foi o descobridor do agente causador da Doença de Chagas.Geografia
Localiza-se a uma latitude 20º41'45" sul e a uma longitude 44º49'37" oeste, a uma altitude média de 982 metros, no circuito regional conhecido como Campos das Vertentes. Faz parte politicamente da região Oeste de Minas, apesar da sua localização geográfica, que é ao sudoeste. Sua população estimada, em 2006, era de 40.966 habitantes segundo o PNUD, e 39.469 habitantes em 2010 segundo o IBGE. Além da sede, conta ainda com o distrito de Morro do Ferro, que tem uma população de aproximadamente 1.500 habitantes, a 35 quilômetros da cidade. Figura entre as principais cidades do Oeste de Minas, sendo a sexta cidade mais populosa desta messorregião, e o 80º lugar entre as maiores cidades do estado. Luta atualmente para se tornar um pólo industrial. O município possui uma área de 896,494 km².A cidade fica próxima dos principais aglomerados urbanos do país, e de outras importantes cidades de Minas Gerais. Distância em quilômetros de algumas localidades:
- Belo Horizonte: 165 km
- Brasília: 810 km
- Buenos Aires: 2640 km
- Campinas: 430 km
- Curitiba: 840 km
- Divinópolis: 73 km
- Itaúna: 110 km
- Juiz de Fora: 250 km
- Lavras: 90 km
- Petrópolis: 360 km
- Poços de Caldas: 295 km
- Pouso Alegre: 245 km
- Ribeirão Preto: 410 km
- Rio de Janeiro: 420 km
- São João Del Rey: 99 km
- São Paulo: 440 km
- Três Corações: 154 km
- Uberlândia: 520 km
- Varginha: 170 km
Microrregião de Oliveira (por população/IBGE 2010):
- Oliveira: 39.469
- Santo Antônio do Amparo: 17.349
- Bom Sucesso: 17.244
- Carmópolis de Minas: 17.050
- Carmo da Mata: 10.927
- Passa Tempo: 8.199
- São Francisco de Paula: 6.487
- Piracema: 6.406
- Ibituruna: 2.866
Clima
Estando situada em um território muito acidentado, numa zona de campo e serra, possui o clima tropical de altitude (cwb). Tem médias anuais de temperatura em torno de 19°C. A menor temperatura já registrada foi de -1°C, em 18 de julho de 1926. A maior foi de 34°C em 8 de janeiro de 1930 (temperaturas à sombra). Desse período para os dias de hoje, a tendência foi de diminuição das máximas e um ligeiro aumento das mínimas. Seu clima é bem temperado como quase todas as cidades do sudoeste e do sul de Minas Gerais. O índice pluviométrico anual é de 1598 mm. Com base nas quatro estações do ano, segue abaixo a média de temperatura (em graus Celsius) durante as 24 horas dos dias correspondentes à cada estação:- Primavera: 20,10°C
- Verão: 21,58°C
- Outono: 16,82°C
- Inverno: 19,67°C
- Média anual: 19,54°C
Hidrografia
Seu território localiza-se entre as vertentes iniciais de duas grandes bacias: a platina e a sanfranciscana, pertencendo à primeira. Os principais rios que abastecem a cidade é o rio Lambari e o rio Jacaré, que é um afluente do rio Grande.Relevo e vegetação
O território do município está em uma região que pode ser considerada como um prolongamento da serra da mantiqueira. A cidade está situada sobre um conjunto de morros situados a uma altitude média de 1000 metros acima do nível do mar. O relevo assim se divide:- Topografia (%)
- Plano: 5
- Ondulado: 70
- Montanhoso: 25
- Altitude máxima: 1209 metros
- Altitude mínima: 910 metros
Infra-estrutura
A cidade é conhecida por apresentar uma ótima infraestrutura urbana, possui o maior pronto socorro do Centro-Oeste de Minas, recém inaugurado. Tem uma arquitetura marcada pela influência ibérica e européia, expressada pelos grandes casarões do século XIX, estátuas e monumentos espalhadas pela cidade. Suas praças e avenidas são bem ornamentadas, e suas construções são marcantes, como a Catedral de Nossa Senhora de Oliveira, construída em estilo Gótico com traços Romanos, e a antiga Igreja Matriz do século XVIII em estilo Barroco, além da arquitetura moderna dos novos edifícios.Rodovias
Localizada em um ponto privilegiado, é cortada por três das principais rodovias de Minas e do Brasil:Ferrovias
A cidade é cortada pela Ferrovia Centro-Atlântica, que liga o interior do Brasil ao litoral.Aeroporto
Oliveira conta com um aeroporto que tem uma pista de 1.180 metros de comprimento por 20 metros de largura, podendo receber pousos de aviões de pequeno e médio porte, além de ter um terminal de embarque e desembarque.Subdivisões
A zona urbana da cidade pode ser dividida em 42 bairros ou regiões, são eles:
|
|
O Distrito de Morro do Ferro situa-se a 35 km do centro da cidade, às margens da BR 494.
Indicadores sociais e demográficos
Indicadores sociais do município no ano de 2000 (Caminhos - UFMS)- Taxa de crescimento: 1,50%
- Esperança de vida ao nascer (em anos): 72,00
- Índice de educação (IDHM-E): 0,841
- Índice de longevidade (IDHM-L): 0,783
- Índice de renda (IDHM-R): 0,686
- Índice de Desenvolvimento Humano: 0,770
- Colocação no ranking estadual: 164° (em 853 municípios)
- Colocação no ranking regional (Sudeste): 611° (em 1666 municípios)
- Colocação no ranking nacional: 1315° (em 5.507 municípios)
- Taxa de alfabetização de adultos: 90,39%
- População: 39.469 (80º em 853 municípios)
Evolução da população
- 1970: 26.502
- 1980: 29.586
- 1991: 32.222
- 2000: 37.250
- 2010: 39.469
Economia
A economia da cidade é baseada principalmente no setor de serviços. No setor industrial, se destacam a Baptista de Almeida (Fábrica de balas e caramelos Santa Rita), e a Kromberg & Schubert (multinacional alemã).- Divisão por setores (% do PIB)
- Agropecuário: 17%
- Indústria: 33%
- Serviços: 50%
Religião
Como a história da cidade é embasada na cultura ibérica trazida pelos seus fundadores portugueses, o Catolicismo é predominante na cidade. Tradicionalmente, o oliveirense é religioso, fato pelo qual em 1941, culminou na implantação da Diocese no município.Diocese de Oliveira
Criada em 20 de dezembro de 1941 pela Bula Quo uberiores fructus, do Papa Pio XII, resultado de um desmembramento da Arquidiocese de Belo Horizonte. Localiza-se na região centro-sul do Estado de Minas Gerais, limitando com as Arquidioceses de Belo Horizonte e Mariana e com as Dioceses de Campanha, Divinópolis, Luz e São João del Rei. Com quase 8.000 km² , tem uma população de 300 mil habitantes aproximadamente. No total são 28 paróquias distribuídas nos municípios de: Aguanil, Bom Sucesso, Campo Belo, Cana Verde, Candeias, Carmo da Mata, Carmópolis de Minas, Cristais, Desterro de Entre Rios, Itaguara, Oliveira, Passa Tempo, Perdões, Piracema, Ribeirão Vermelho, Santana do Jacaré, Santo Antônio do Amparo, São Francisco de Paula e São Tiago.Administração
- Prefeito: Ronaldo Resende Ribeiro (2009/2012)
- Vice-prefeito: Nalton Moreira
- Presidente da câmara: Leonardo Leão
- Vice-presidente da câmara de vereadores: Américo Pinto Costa
Cultura
Tem um carnaval reconhecido como um dos melhores de Minas Gerais. A sua figura principal é o cainágua que foi criado a partir de brincadeiras antigas onde as pessoas se vestiam e usavam máscaras ficando irreconhecíveis, permitindo assim brincadeiras com os foliões. Outra característica marcante do carnaval oliveirense é o bloco "Pelo amor de Deus", criado por José Alberto Machado da Silva, que depois deu prosseguimento Mauricio Almeida, que alegra as noites da sexta-feira com seus foliões irreverentes. O município possui uma forte identidade cultural, construída através de mais de dois séculos, que foi largamente influenciada pela formação portuguesa da cidade juntamente com a herança dos outros povos vindos para o Brasil. Esses juntos, construíram uma série de manifestações típicas da cidade. Assim como o carnaval, é bem marcante a sua Semana Santa e o Congado. Turismo
Os pontos turísticos mais comentados e procurados são: "O Coqueiro Abraçado", a Grande Estátua do Cristo Redentor, a Casa de Cultura Carlos Chagas, e a Igreja Matriz antiga no estilo barroco. A sua infraestrutura urbana impressiona, a exemplo do Boulevard, que circunda a cidade, e de seus jardins e praças. O município conta ainda com o jornal Gazeta de Minas, o mais antigo do estado [carece de fontes] e um dos mais velhos (ainda em circulação) do Brasil. Outro ponto turístico é o Casarão do Capitão Henrique cujo tombamento foi anunciado pelo IEPHA em 23 de março de 2010. COLABORAÇÃO
DE MINHA AMIGA VANIA FONTE WIKEPÉDIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário